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Estratégias para superar a escassez de talentos nos Data Centers

Em todas as regiões do mundo, a capacidade dos Data Centers está se expandindo rapidamente. Enquanto em 2016 os Data Centers armazenaram estimados 870 exabytes (EB) de Dados, para 2021 esse valor é projetado para 2.300 EB, de acordo com relatórios da Statista.

Essa expansão gera uma série de desafios para os operadores de Data Centers. Um dos mais preocupantes, entretanto, é relativo a pessoas, não a tecnologias. A falta de pessoal especializado é uma realidade que afeta todos os tipos de Data Centers, desde instalações de Edge até empresariais e hyperscale.

O estudo do Uptime Institute intitulado “The people challenge: Global Data Center staffing forecast 2021-2025″, estima que a demanda global por profissionais de data centers será de 2,3 milhões em 2025, incluindo mais de 230 funções especializadas para data centers de diferentes tipos e diferentes tamanhos, desde o projeto até a operação.

Apesar de proporcionalmente menos dramática, a situação é similar na América Latina. O mesmo estudo do Uptime Institute afirma que a demanda para profissionais de data centers será de 21.000 técnicos em 2025, com maior pressão em mercados como o Brasil, Chile, Colômbia e México.

Profissionais terceirizados atuam 24×7 para reduzir o downtime
À medida que os data centers passam para um período de pós-pandemia com uma maior demanda digital, é fundamental que eles tenham o pessoal para preservar a disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana.

Na impossibilidade de preencher internamente esses cargos de profissionais técnicos, terceirizar os serviços de operação e de manutenção através de uma única empresa pode agregar valor às operações do data center sem aumentar o headcount.

Há fornecedores que contam com centenas de técnicos especializados na América Latina, o que permite aos clientes da região ter especialistas fazendo o monitoramento remotamente e garantindo a continuidade das operações críticas.

Os serviços de manutenção preventiva, por exemplo, não apenas garantem que as aplicações vitais estejam funcionando adequadamente, mas, também, ajudam a otimizar os ciclos de vida dos equipamentos. Ao garantir a performance máxima do sistema, os operadores do Data Center podem assegurar maior eficiência em suas despesas operacionais (OPEX).

Para quantificar os benefícios da manutenção preventiva, é possível analisar um estudo que mapeou o consumo de serviços por mais de 185 milhões de horas de serviço em mais de 5.000 unidades de UPS trifásicos e por mais de 450 milhões de horas de serviço em mais de 24.000 strings de baterias.

Essa análise mostrou os seguintes resultados:
O tempo médio entre falhas (MTBF) das unidades UPS que passaram por dois eventos anuais de serviços de manutenção preventiva é 23 vezes maior do que o MTBF de equipamentos que não passaram por nenhum evento anual de serviços.

37% de todas as unidades paralisadas em clientes sem manutenção estão paradas por problemas nas baterias.
Clientes que contam tanto com serviços de manutenção de baterias como de monitoramento remoto não passaram por nenhuma falta de energia devida a problemas nas baterias durante a vida útil de três anos e meio.

De acordo com o Ponemon Institute, paradas totais de Data Centers centrais duraram em média 138 minutos em 2020, e cada um desses minutos impõe um alto custo nas receitas, no tempo e na reputação. Ter monitoramento remoto 24×7, manutenção preventiva e técnicos locais treinados em fábrica com acesso a peças de reposição possibilita uma resposta mais rápida a eventos que possam resultar em downtime (indisponibilidade) do Data Center.

Um valor adicional dos serviços de manutenção preventiva para os clientes está na inteligência e na engenharia dos profissionais contratados de forma terceirizada. Isso otimiza a eficiência de equipamentos e investimentos em Data Centers de todos os portes e em todas as geografias.

Por Mariela Misiano, gerente de oferta de serviços da Vertiv América Latina.

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