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Internet das Coisas na prática: como utilizar e criar cidades inteligentes

Nossa conectividade vem atingindo proporções ímpares, e não falo apenas sobre o celular. Com a Internet das Coisas (IoT), recurso que proporciona conectividade de aparelhos via wi-fi ou bluetooth, acendemos e apagamos as luzes mesmo não estando em casa, atendemos ligações enquanto dirigimos de forma segura e tantas outras funcionalidades.

Essas comodidades vêm ultrapassando os limites das casas e indo para esferas maiores, como as cidades inteligentes (smart cities). A União Europeia entende como smart cities sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamentos para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.

Tais processos de interação são considerados inteligentes porque fazem uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação aliados ao planejamento e à gestão urbana para proporcionar retorno às necessidades sociais e econômicas da sociedade.

Mas qual o ponto de convergência entre a Internet das Coisas e as cidades inteligentes? Vou citar alguns exemplos: sistemas de vigilância inteligente, automação nos transportes, distribuição de água adequada e o acompanhamento das mudanças no meio ambiente são elementos que se elencam.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima que até 2025 a implementação de cidades inteligentes via IoT irá movimentar ao menos US$ 1,6 trilhões em proporções globais, e R$ 27 bilhões no Brasil.

Para uma cidade ser considerada inteligente é necessária a utilização da tecnologia com o objetivo de trazer eficiência, conexão e interação com os cidadãos. A otimização de semáforos que conseguem monitorar e coletar dados do trânsito, e assim responder ao tráfego com o sinal verde por mais tempo, fazendo com que o engarrafamento diminua, é uma ação.

Para mensurar a dimensão de uma cidade inteligente são estabelecidos dez fatores: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. No País existe o ranking smart cities, que classifica as cidades com base em seu desenvolvimento tecnológico, levando em consideração os fatores enumerados.

O BNDES ainda afirma que é uma prioridade que as cidades se tornem inteligentes, uma vez que 80% da população está nela, e assim carece de melhorias para sua vida e assim as tecnologias consigam se comunicar e “pensarem” sozinhas, via Internet das Coisas.

Pegando como referência a iluminação pública, a IoT pode prover economia de energia e de recursos financeiros, acionamento e desligamento das redes de iluminação à distância, medir a performance e o gasto energético, diminuir os gastos com manutenção, aperfeiçoar o uso do espaço público estabelecendo locais estrategicamente melhor iluminado, e consequentemente, trazer menos impacto ao meio ambiente.

Em resumo, a ideia por trás dessa associação é melhorar os espaços e recursos coletivos para outro nível de otimização e controle, e assim resolver os possíveis e principais problemas enfrentados nas cidades grandes.

Por Otto Pohlmann, CEO da Centric Solution.

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