Com o advento de Cloud Computing, muitas empresas de Data Centers aproveitaram para surfar a onda se denominando provedor de Cloud, “Só que não”! Na realidade existe uma grande diferença entre serviços de Cloud e de Data Center tradicionais, e nosso papel aqui é desmistificar esses pontos comparativos.
Se fizermos uma analogia entre Cloud Pública e Privada vamos chegar à conclusão que estamos comparando “água e vinho” mesmo os dois sendo líquidos, ou seja, os componentes de tecnologias, arquitetura e escalabilidade são bem diferentes e afetam também de forma diferente os projetos.
Nosso desafio aqui é mostrar um comparativo de forma a entender as principais diferenças de cada um, neste quesito numeramos os principais itens utilizados de comparação:
1 – Hardware x Software
Enquanto os serviços de Cloud Computing utilizam-se predominantemente de Softwares em sua prestação de serviço, os Data Centers tradicionais utilizam Hardwares.
Neste ponto, a flexibilidade para automatizar entregas, consumir APIs e PaaS (plataforma como serviço) tem uma larga vantagem tecnológica quando se utiliza os serviços de Cloud Computing, versus a estrutura de Hardware dos Data Center tradicionais.
Em uma simples análise das estruturas e volumes de APIs disponíveis no mundo de Cloud, podemos identificar uma imensa vantagem em relação aos Data Centers tradicionais, porque em se tratando de um ambiente Cloud, podemos ofertar projetos onde a própria aplicação é a responsável em chamar recursos computacionais da infraestrutura possibilitando a entrega de projetos serverless que é um modelo de desenvolvimento nativo em nuvem para criação e execução de aplicações sem o gerenciamento de servidores.
2- Auto Scaling x Upgrade
No quesito escalabilidade a diferença é ainda maior, isso porque enquanto os serviços de Cloud Computing possibilitam a entrega de recursos computacionais de forma automatizada, ou seja, definidas por parametrizações baseadas em monitoramento de consumo por volumes de acessos e/ou audiências em tempo real em relação à capacidade, fazendo com que os recursos computacionais se adequem automaticamente ao volume de acesso, nos Data Centers tradicionais o crescimento é realizado de forma manual, o que demandam implementações e instalações de novas capacidades de servidores e memórias. Para isso, se faz necessária uma boa base de “spare parts” de Hardware e/ou um processo de compra muito eficiente! Ainda assim, o tempo de implementação continua sendo o grande ofensor no processo, pois um simples upgrade pode levar meses, enquanto em Cloud, o Auto Scale e/ou upgrade podem ser realizados em segundos ou minutos!
3- Custo real x Custo futuro
Quando falamos de custo temos também uma grande diferença, já que no Data Center tradicional além do tempo demasiado para o upgrade como mencionado no item anterior, no momento zero é realizado o dimensionamento futuro, ou seja, o crescimento da capacidade de infra estrutura são levados em consideração e implementados no início do projeto, criando ociosidade de hardware e capacidade inicial com o objetivo de suportar possíveis demandas futuras, com isso muitas vezes se paga por ociosidade de recurso para compensar uma carência e demora nas realizações de upgrade.
Em Cloud Computing os custos estão diretamente relacionados ao consumo, funcionando de forma similar à nossa conta de energia elétrica, onde paga-se sempre o custo real de utilização, sem a necessidade de pagar ociosidade. Além disso, em modelos de Cloud Computing, pode-se aplicar a funcionalidade “Stop & Start”, para parar os servidores em períodos de não utilização sem perder as configurações do momento Estar, sendo mais eficiente e justo em relação ao Data Center tradicional.
4- Disponibilidade x Alta Disponibilidade
Possivelmente o item mais importante para um projeto como um todo é a questão da disponibilidade muitas vezes “vendida” como Alta Disponibilidade e que o cliente pode descobrir da pior forma… quando o serviço para!
Para se oferecer Alta Disponibilidade, é de extrema necessidade que o provedor de Data Center ou Cloud, tenha estrutura de Data Centers dispersos de forma global e/ou regional, para que realmente a opção Alta Disponibilidade funcione efetivamente. Além disso, a entrega de alta disponibilidade passa pela da arquitetura e serviços PaaS (plataforma como serviço) ofertados na sua maioria por Provedores de Cloud, mas não por Data Centers tradicionais. Neste sentido, a implementação de projeto que necessite de Alta Disponibilidade tem que considerar a estrutura do Provedor para garantia de não se frustrar com paradas, que geram prejuízos consideráveis em sua operação.
Assim, quando falamos em projetos críticos como por exemplo, hospedagem de ERPs ou CRMs que muitas vezes são a atividade “core” das companhias, sabemos que essas não podem ficar indisponíveis e alta disponibilidade é um capítulo à parte, então recomendamos atenção especial nos Data Centers tradicionais de uma única localidade que oferecem alta disponibilidade, “Só que não entregam”!
Por Pascoal Baldasso, CEO e fundador da ADTsys.
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