Os nativos digitais, conhecidos como Millennials, nascidos entre 1981 e 1996, podem tornar as empresas mais suscetíveis a ataques cibernéticos. É o que revela o estudo How Do Generational Differences Impact Enterprise Cybersecurity Teams? (“Como as diferenças geracionais afetam as equipes de cibersegurança corporativa?”, em tradução livre), conduzido pela Appgate, empresa de acesso seguro, em parceria com a especialista em diversidade geracional Henry Rose Lee.
Segundo a pesquisa, realizada no Reino Unido entre junho e setembro de 2021, mesmo tendo maior afinidade com a tecnologia, os Millennials não têm uma compreensão profunda do back-end de segurança, o que pode resultar em vulnerabilidades. Por outro lado, os Baby Boomers, da geração de 1946 a 1964, seguem como fundamentais para a cibersegurança das empresas. Não por acaso, muitos deles permanecem em funções-chave nas organizações ou acabam se tornando consultores após a aposentadoria.
Isso porque, de acordo com a pesquisa, são as pessoas a parte mais importante quando se trata de cybersecurity, sendo o conhecimento e a experiência apontados como os fatores responsáveis pela resiliência efetiva da segurança cibernética, não a tecnologia e a infraestrutura de última geração.
As conclusões apontam ainda que com o alto número de Baby Boomers se aposentando faixas de experiência e conhecimento podem ser perdidos, incluindo a capacidade de gerenciar e integrar plataformas legadas em ambientes de segurança Zero Trust.
Já a Geração X, que engloba os nascidos entre 1965 e 1980, serve como uma espécie de condutor de conhecimento, desempenhando o papel de filtrar e reunir as experiências e conhecimentos dos Baby Boomers e Millennials.
“O número crescente de Baby Boomers atingindo a idade da aposentadoria é um indicador de mudança para o setor de segurança cibernética. As descobertas do estudo, cujos resultados podem ser aplicados globalmente, incentivam as organizações a pensar como integrar diferentes habilidades, atitudes e expectativas de equipes de TI e segurança multigeracionais, ao mesmo tempo em que considera as implicações de segurança geradas por equipes remotas e força de trabalho híbrida”, analisa Marcos Tabajara, country manager da Appgate no Brasil.
O executivo pontua ainda que a adoção de uma equipe de segurança multigeracional combinada às soluções baseadas em Zero Trust são fundamentais para uma estratégia robusta de proteção. “À medida que caminhamos para o mundo pós-pandemia, com locais de trabalho híbridos e superfícies de ataque expandidas, a evolução do Zero Trust é uma mudança necessária que exige os conjuntos de habilidades únicos de cada uma das gerações para garantir seu sucesso”, finaliza Tabajara.
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