A sigla ESG, que se refere a governança ambiental, social e corporativa, está dominando a pauta sobre empreendedorismo inovador no Brasil. Não é por menos. Estamos passando por um momento extremamente desafiador no qual, cada vez mais, percebemos a relevância de nos importar com essas questões.
A pandemia foi devastadora para o País. Isso não é uma novidade. Muito menos os desafios que não podemos mais ignorar nos âmbitos ambiental e social. Só em 2021, mais de 10 mil km2 de mata nativa foram desmatados — um crescimento de 29% comparado a 2020. Enquanto isso, cerca de 13,5 milhões de brasileiros sofreram com o desemprego. Precisamos melhorar esses números.
A situação não é muito melhor para quem está empregado. Com equipes cada vez menores, o burnout foi oficialmente declarado pela Organização Mundial da Saúde como doença do trabalho este ano. Seria ingenuidade acreditar que todo esse quadro se reverterá por si só. Estamos todos no mesmo barco e temos a obrigação de focar nossos esforços em melhorar nossa qualidade de vida e recursos naturais.
Afinal, sem estes últimos, cada vez mais desastres naturais ocorrerão, causando perdas de vidas, além de limitações no quadro energético e alimentício do País. É por isso que temos notado o crescimento da pauta ESG no ecossistema de empreendedorismo. A inovação serve para mudar a forma como as coisas são feitas — sim, para melhor. Obrigatoriamente. E incluir a preocupação ambiental, social e de governança corporativa nos negócios que estão surgindo não é nada mais que nossa obrigação.
Segundo a Bloomberg, o ESG deve atrair US$ 53 Trilhões em investimentos até 2025. Por mais que seja uma quantia de encher os olhos, não deixa de fazer sentido. E não é questão de bom-mocismo ou até mesmo de posição política. Simplesmente não podemos seguir da forma como fizemos as coisas até agora.
E não existe nenhuma regra que demande que todo esse investimento seja feito por grandes fundos ou corporações. Pessoas físicas também têm o direito de investir seus recursos em negócios em que acreditam. Como também devemos ajudar os pequenos empreendedores a inovar e apoiar seus negócios para que possam crescer.
Formando uma frente de grupos sociais que priorize empresas responsáveis — inclusive no quesito consumo –, o mercado não terá outra alternativa senão se adaptar. Não temos tempo a perder e a mudança é responsabilidade de todos.
Por Thiago do Val, CEO da Crowddy.
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