A Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), entidade que representa mais de 150 plataformas digitais no Brasil, anunciou a criação do Comitê de Dados Abertos e Digitalização, liderado por Luisa Feyo. A especialista, que atualmente ocupa o cargo de Public Policy Manager da Quicko, afirma que o comitê tem como principal objetivo formar repositório de conhecimento e boas práticas para a melhoria da digitalização e transparência dos dados abertos e processos públicos no Brasil. “Desta maneira, poderemos contribuir e promover o debate regulatório para consolidar o uso de dados abertos e digitalização na esfera governamental, além de apoiar a elaboração de políticas públicas que tragam tração à inovação na realidade brasileira”, explica.
O Brasil recebeu recentemente o título de 7ª nação mais digitalizada do mundo e têm, em sua estrutura organizacional, uma secretaria destinada exclusivamente para promover essa bandeira como pilar para políticas públicas de desenvolvimento. No entanto, segundo Luisa, ainda existe um longo caminho para que o setor governamental incorpore efetivamente os princípios da inovação.
“A digitalização de processos e atividades governamentais é extremamente relevante para o aumento da eficiência da máquina pública e para a promoção de novas soluções que atendam cada vez melhor os cidadãos. A abertura de dados públicos governamentais promove não apenas a transparência, mas também oferece às empresas e organizações não governamentais insumos para a proposição de novas soluções em estruturas que fomentem a inovação no atendimento ao público (principalmente quando se tratar de serviços públicos)”, observa.
Luisa acredita que apoiar o setor público na transformação digital e na abertura de dados é extremamente positivo para empresas de inovação, pois incentiva a competitividade e o empreendedorismo, além de abrir novas possibilidades de negócios.
Entre os principais tópicos que serão debatidos no comitê estão:
– Dados abertos e digitalização dos sistemas e serviços públicos;
– Boas práticas e iniciativas internacionais de abertura de dados e digitalização governamental;
– Políticas públicas que promovam a acessibilidade e universalização para a digitalização e transparência dos processos e informações públicas;
– Participação e parceria do setor privado para a inovação e surgimento de soluções para a população e poder público;
– Problemas mais comuns dos mercados que podem ser impulsionados pela abertura de dados e pela digitalização de serviços e processos públicos;
– Ampliação do diálogo com opinião pública sobre a importância da abertura de dados e digitalização para a sociedade;
Temas abordados: Transporte e mobilidade; Juntas Comerciais; Compra e venda de imóveis; Dados públicos de Saúde/Saneamento; Segurança e background checking; entre outros.
De acordo com a líder do Comitê, a intenção é atuar com quatro frentes de ação:
Engajamento: Eleições políticas para o pleito em 2022 (federal/estados); Projetos de Lei em tramitação e regulamentações. Exemplo: discussão, posicionamento e aprovação do PL 7804/14 (Política Nacional de Dados Abertos) e Regulamentação do Marco das Startups.
Materiais técnicos e conteúdo: Guia transversal de melhores práticas na digitalização dos serviços públicos; Position Paper: Digitalização e Transparência como elementos de eficiência, competitividade e combate à corrupção.
Serviço
www.o2obrasil.com.br
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