Nos últimos dois anos as empresas sofreram grandes Transformações Digitais e quem não acompanhou a mudança está ficando para trás. Estamos entrando na fase do metaverso, que simplesmente é a junção dos universos físico e virtual. A grande tendência é as empresas se prepararem para essa nova realidade, o que significa que, em breve, poderemos visitar um shopping por meio de um avatar ou fazer compras em um shopping virtual – graças aos dispositivos com capacidade para realidade mista, que possibilitaram uma experiência mais real para o cliente que compra virtualmente.
Isso não se aplica só a grandes empresas. O pequeno empresário precisa surfar nessa onda e fazer uso das tecnologias disponíveis. Imagine uma pequena loja de bijouterias que deseja oferecer uma experiência de compra diferente. Ela pode colocar um QR Code nas peças do mostruário e oferecer à cliente a chance de ver como a peça fica no pescoço de uma modelo, por exemplo, apenas aproximando o celular do código. Ou, ainda, criar uma imagem virtual para que a cliente possa visualizar a peça nela mesma, sem a necessidade de retirá-la do mostruário. Essa é uma tecnologia que pode ser popularizada, pois já está dentro do celular das pessoas. Atualmente, os principais dispositivos já contam com a tecnologia de realidade aumentada e o pequeno empresário pode tranquilamente fazer uso desse recurso.
Em 2022 também haverá mais investimentos em segurança. Afinal, temos visto uma quantidade cada vez maior de golpes e essa é uma preocupação que não vai diminuir. Quando pensamos no tema, bancos e grandes companhias vêm à nossa mente, mas pequenas empresas estão ainda mais vulneráveis. Por isso, é preciso olhar para a segurança não como um custo, mas como uma oportunidade. Quem se preocupa com segurança da informação gera mais confiança e tende a conquistar novos clientes.
Outro movimento em crescimento é o dos negócios comprometidos com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança, o ESG (do inglês environmental, social and governance). Como as empresas vão impactar positivamente a sociedade e o meio ambiente? Um exemplo são os bilhões investidos em pesquisas e soluções para minimizar os efeitos negativos no clima, e a tecnologia é ponto central nessa discussão, com o alto consumo de energia dos Data Centers. No passado, muito se falou sobre o Green IT, ideia que busca reduzir o impacto dos recursos tecnológicos no meio ambiente. No entanto, 10 anos atrás, o custo de uma solução inteligente que permitisse desligar máquinas que não estivessem em uso era muito alto. Além disso, administrar essas tecnologias era algo complexo, que trazia grandes desafios à gestão de TI. Hoje, a possibilidade de migrar para a nuvem oferece a empresas e órgãos públicos a oportunidade de abandonar os servidores físicos, que consomem muita energia devido à necessidade de refrigeração. Estamos cada vez mais atentos às empresas que assumem compromisso com esse tipo de iniciativa.
A última questão é: como será o trabalho moderno? É possível abordar o tema sob algumas óticas e uma delas é, novamente, a questão do metaverso, que já falamos um pouco. Ou seja, as pessoas poderão optar por abrir a câmera durante uma reunião ou terem o seu próprio avatar para interagir. Se pararmos para pensar, o que é o Kinect, da Microsoft? É um virtualizador, um hardware que captura movimentos, cria uma réplica da pessoa em 3D e a transporta para dentro do jogo. Com a chegada do 5G não vai demorar para isso acontecer em qualquer lugar e cada um de nós poderá ser virtualizado para uma sala de reunião, por exemplo. Essa é uma tendência que particularmente, aposto. No entanto, fica a pergunta: como vamos mensurar a atividade das pessoas? Trabalhando virtualmente ou presencialmente, serão necessárias ferramentas que mostrem para o RH a produtividade dos funcionários, seja por dia, por semana ou por mês. O trabalho de forma híbrida será a nova realidade, mas obter dados sobre como gastamos o nosso tempo será fundamental para atender as necessidades de empresas e colaboradores.
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