A 10b, gestora integrada à SK Tarpon, criou a plataforma Rúmia, um ecossistema digital para a pecuária que já atendem cerca de 7 mil fazendas de leite e corte em todo o território nacional e reúnem soluções de biotecnologia, SaaS, IoT e Inteligência Artificial, voltadas à saúde animal, gestão de fazendas, rastreabilidade e crédito para o produtor.
A tese,que culminou na estruturação da plataforma, começou em 2019 com o investimento na empresa OnFarm, que combina biotecnologia e inteligência de dados para solucionar problemas relacionados à saúde animal, permitindo ao produtor reduzir em 50% o uso de antibióticos e produzir um leite de melhor qualidade. Em 2020, foi feito o investimento na Ideagri, provedora de sistema de suporte à tomada de decisão para fazendas de pecuária e que proporciona aos clientes um incremento na lucratividade. A partir dos dados gerados pelas fazendas clientes da Ideagri, nasceu o IILB, índice de performance produtiva individual do setor de pecuária leiteira, que pontua mais de mais de 2 mil fazendas de acordo com várias métricas produtivas.
Em 2021, a 10b trouxe um time de cientistas de dados para potencializar e criar soluções para o produtor por meio de inteligência de dados. Esse movimento evoluiu para a criação da Rúmina e materializou o uso de IA para auxiliar pecuaristas de todos os tamanhos a produzir mais e de forma mais rentável e sustentável. Nomeada Rúmi, a Inteligência Artificial da Rúmina foi lançada no terceiro trimestre de 2021 a partir de cada uma das soluções do ecossistema e utiliza inteligência de dados para gerar insights acionáveis, predizer chance de cura, avaliar risco de crédito e gerar alertas inteligentes.
“A criação do ecossistema coloca a Rúmina em uma posição única, com a maior e mais relevante base de dados sobre a cadeia da pecuária brasileira. O ecossistema é a materialização da união, articulada pela 10b, de empreendedores, cientistas, produtores e investidores com o propósito de liderar a transformação digital no setor da pecuária”, explica Marcelo Lima, presidente da Rúmina e cofundador da SK Tarpon e da 10b.
Já passam pela plataforma Rúmina cerca de 10% de todo o leite produzido no País. Em 2022 já está contratada a entrada em novos mercados como Argentina, Uruguai e México. A visão da Rúmina é viabilizar uma pecuária sustentável, com aumento da produtividade e redução da pegada de carbono, além de contribuir com o bem-estar animal em mais de 300 mil fazendas de pecuária no Brasil e na América Latina nos próximos 10 anos. “Somente em 2021, evitamos o uso de quase 230 mil doses de antibióticos, evitando o descarte de mais de 7 milhões de litros de leite e geramos uma economia de mais de R$ 17 milhões. Além disso, contribuímos para a melhoria da eficiência produtiva de milhares de fazendas, impactando de maneira única a cadeia”, afirma Laerte Cassoli, co-fundador e CEO da Rúmina.
Com a criação do ecossistema e uma abordagem centrada no pecuarista, com forte investimento em desenvolvimento e ciência de dados, a ideia é capturar sinergias de várias soluções focadas na cadeia da pecuária e no produtor, o que abre ampla possibilidade para ganhar escala.
“O Brasil é um dos principais produtores de leite e carne do mundo e o setor da pecuária passa por um momento de transformação a partir da forte adoção de tecnologias. Através da Rúmina, queremos liderar essa transformação e impactar positivamente centenas de milhares de produtores no Brasil e na América Latina, além de assegurar alimento de qualidade e menor impacto no meio ambiente, muito alinhado com nosso propósito na 10b”, analisa Lima.
Novos Investimentos
Outros 3 novos investimentos foram feitos ao longo de 2021 para a materialização do ecossistema: a Volutech, a Rúmicash e a Bovitech. A Volutech nasceu em 2020 dentro da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e utiliza IoT e inteligência de dados para monitorar em tempo real diversos parâmetros do tanque de resfriamento – já monitorando mais de 2 milhões de litros de leite por mês. Já a Rúmicash é uma fintech para a cadeia do leite, fundada dentro do ecossistema no terceiro trimestre de 2021 e que já movimenta uma carteira com R$ 1 milhão em operações financeiras. A fintech utiliza inteligência artificial e análise de dados de dentro e fora do ecossistema para fornecer crédito e adiantamento a produtores de leite, em um processo que leva menos de 10 minutos, sem exigência de garantia.
Como um passo para acelerar o crescimento da Rúmina na pecuária de corte, nasceu a Bovitech, no segundo trimestre de 2021, como um spin-off da Ideagri focada na pecuária de corte, oferecendo um sistema completo de apoio à tomada de decisão. Nos próximos anos, a plataforma deverá integrar novos negócios digitais que gerem valor para o produtor:
“Acreditamos que através da construção de um ecossistema, onde soluções se potencializam e sinergias são exploradas em prol do produtor, conseguiremos acelerar a escalabilidade dos negócios e possibilitar ao setor uma melhor experiência na adoção de tecnologias digitais que sustentarão uma produção mais rentável, produtiva e sustentável” examina Pedro Peixoto, cofundador da 10b e responsável pela tese da Rúmina.
Todas as soluções da Rúmina possuem modelos de negócios de receita recorrente, que em 2022 devem atingir R$ 30 milhões. Uma evidência do valor gerado pelas soluções da Rúmina são as parcerias com os principais laticínios e cooperativas do País como Piracanjuba, Lactalis, Danone, Verde Campo, Scala, Vigor, Castrolanda, Frisia, Capal, entre outros. Além disso, a Rúmina irá lançar no primeiro semestre do ano que vem a plataforma de inteligência de dados Rúmina Insights, para empresas que atuam no setor da pecuária, começando pelo leite.
Serviço
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