No momento em que a economia é mais digital do que nunca, olhar para a inovação só faz sentido se a tríade pessoas, processos e tecnologia estiver alinhada ao seu roadmap de negócios.
Todas as companhias querem ter sucesso e prosperar em suas áreas de atuação. Isso não é segredo. Mas para as organizações serem bem sucedidas existem questões cruciais que podem marcar a diferença entre prosperar ou ficar para trás, como, por exemplo, investir corretamente em tecnologias que facilitem de fato a dinâmica dos negócios e apoiem a evolução da jornada digital.
Um recente estudo da Accenture mediu os níveis de preparo organizacional para inovação, adoção tecnológica e aplicação de tecnologias em larga escala, e constatou que as organizações que apostaram em Inteligência Artificial, Cloud, e outras ferramentas cresceram cinco vezes mais depressa em comparação às companhias que investiram menos em TI. É incontestável dizer que o mercado de tecnologia está crescendo significativamente – e algumas empresas têm apresentado excelente desempenho financeiro devido ao roadmap de TI construído ao longo do tempo.
Atualmente, a tecnologia está diretamente relacionada ao crescimento das companhias, performando estrategicamente para alavancar as empresas, aumentar a receita, os clientes, a qualidade dos serviços e produtos entregues e até mesmo para gerar escalabilidade. Mas é importante ressaltar que para as organizações obterem todos estes resultados é preciso agir estrategicamente: escolher uma tecnologia apenas por seu nome no mercado, market share ou status, sem um ROI claro e objetivo, reverte-se em gastos mal feitos, perda de tempo e recurso. É crucial que os CIOs estudem as soluções que realmente irão atender às necessidades dos negócios e o melhor custo/benefício para a companhia, levando em conta a saúde financeira do momento.
Automação inteligente
Um mecanismo de Transformação Digital que orquestra processos, melhora os resultados dos clientes e promove agilidade nas operações. Essa é a melhor definição para a automação inteligente, que engloba Inteligência Artificial, RPA e desenvolvimento de aplicativos em low-code. Para obter sucesso com essa ferramenta, um dos segredos é ter uma estratégia de inovação que equilibre os valores de pessoas, processos e tecnologia, sem perder o foco nas necessidades específicas da empresa e normas do setor.
Além de tornar todos os processos e canais padronizados com omnicanalidade, essa tecnologia permite que os funcionários foquem em atividades mais estratégicas para suas áreas e para o negócio como um todo, uma vez que as tarefas manuais tediosas são eliminadas – agregando, inclusive, valor à organização.
Uma recente pesquisa da Pegasystems ‘Não fique para trás: uma visão empresarial do ambiente de automação low-code’ mostra que a automação inteligente está se desenvolvendo em ritmo acelerado, revelando que as empresas que não reavaliarem e atualizarem suas tecnologias e processos ficarão em desvantagem.
Diante das informações do levantamento, vem a questão: as companhias já incorporaram a automação ao seu dia a dia, mas será que fazem isso realmente de forma estratégica? Segundo o estudo, o nível de automação implementada depende muito da maturidade da estratégia de governança de cada organização, das necessidades específicas nas operações e de quanto os usuários adotam a automação inteligente como ferramenta.
As empresas da maioria dos setores buscam ativamente soluções que sintetizem aplicações e processos low-code, alinhando melhor o setor de TI com as outras áreas. Porém, a pesquisa apontou que o grau de sucesso dessas tentativas varia bastante, identificando claramente líderes e retardatários.
Em um mundo tão competitivo e marcado pela hiperconectividade dos consumidores, utilizar essa poderosa abordagem para oferecer atendimentos mais humanizados e hiper-personalizados aos clientes é de extrema importância. Mas, ainda assim existem empresas que insistem em se manter quase analógicas, com poucas tecnologias em suas estruturas e sem evoluir para atender às demandas dos seus públicos de interesse. Essa realidade, por incrível que pareça, assombra muitas organizações. As consequências disso são muitas: perda de clientes, competitividade, qualidade, agilidade e muitas outras desvantagens.
A importância do capital humano
Para as empresas que estão à frente dos seus concorrentes e em processo de Transformação Digital, é importante salientar que os resultados que a tecnologia gera são excepcionais, mas a tecnologia por si só não muda a realidade de uma companhia, tampouco a faz evoluir se as pessoas que a integram não estiverem felizes, engajadas, se sentirem incluídas e respeitadas. Para algoritmos, automações e qualquer processo de digitalização serem realmente efetivos, o trabalho do ser humano continua sendo, e sempre será, indispensável. A tecnologia não substitui pessoas, ela apoia o trabalho delas e, consequentemente, aprimora seu desempenho, tornando-o mais preciso.
Os líderes que entenderem que o capital humano é o bem mais precioso de qualquer organização certamente sairão na frente dos seus concorrentes e terão muito sucesso e prosperidade.
Já que o assunto é unir forças – pessoas + tecnologia -, o roadmap tecnológico de uma empresa é construído a partir da união de tecnologias, como em um jogo de tetris, em que as tecnologias implementadas vão somando, se complementando e tornando os processos cada vez mais redondos, robustos e completos.
E para as organizações que insistem em não adotar tecnologias, preparem-se para enfrentar um futuro incerto, com concorrentes à frente, clientes descontentes, assim como produtos e serviços defasados. Hoje, tecnologia não é opção, nem escolha, e sim obrigatoriedade. Automação inteligente não é gasto, é investimento, é tendência e garantia de prosperidade.
Muna-se de bons profissionais, boas tecnologias, bons planejamentos e boas estratégias, que o restante se encaixa, flui, acontece, evolui.
Por Mauricio Prado Silva, diretor-geral da Pegasystems para América Latina.
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