![Denodo tem grandes planos para o Brasil e busca novos parceiros](https://midias.inforchannel.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Parceria-21.jpg)
A Denodo, empresa de origem espanhola e sede no Vale do Silício (EUA), especializada em virtualização de dados, aportou no Brasil em abril do ano passado, no meio da pandemia de Covid-19, quando várias cidades estavam implementando medidas restritivas de mobilidade social e a maioria das empresas estava focada na sobrevivência. O momento não parecia bom para desbravar um mercado. “Foi um ano desafiador, mas percebemos que o interesse por soluções de acesso a dados para tomada de decisão cresceu. O interesse dos clientes em conhecer como podemos ajudá-los foi grande”, conta Marco Wenna, diretor de Vendas da Denodo Brasil. “Tivemos bastante sucesso, fizemos três vendas importantes, clientes muito grandes, entre eles o Sicredi, que é o maior banco de crédito agrícola do País em volume. Os outros clientes são dos setores de alimentos e de manufatura”, diz Wenna.
Neste curto período, a Denodo conseguiu arregimentar 12 parceiros de canal e espera chegar a 18 até o fim do ano. “Estamos buscando mais parceiros que queiram trabalhar com uma tecnologia realmente disruptiva. Oferecemos todo apoio de treinamento técnico e venda para que eles possam crescer junto conosco”, afirma Wenna. “A Denodo dá todo o treinamento gratuitamente, inclusive certifica o parceiro. Temos várias trilhas de treinamentos, como o de Vendas, para o parceiro ir ao mercado vender, tem o de Arquitetura, pois o Denodo traz um ganho grande na arquitetura de dados, e também o treinamento de Desenvolvimento, para que ele possa desenvolver em cima da nossa plataforma, prestar serviços e crescer o portfólio”, comenta.
Apesar de estar a pouco mais de um ano e meio no mercado brasileiro, Wenna afirma que a aceitação tem sido boa, tanto que a receita deve triplicar este ano. “Os clientes estão entendendo mais a nossa tecnologia de virtualização de dados. Algumas empresas começam a nos procurar para entender a tecnologia e como ela pode resolver os seus problemas de dados, que permite o acesso rápido mesmo que eles estejam espalhados em vários sistemas e banco de dados”, explica o executivo.
Segundo Wenna, para iniciar as atividades no País com uma tecnologia disruptiva, mas ainda pouco conhecida, é muito importante ter canais e parceiros bastante preparados. “Canal é muito importante para nós. Estamos fortalecendo ainda mais a nossa estrutura de canais. Entre os 12 parceiros que conquistamos, têm canais com atuação regional muito forte, outros são grandes consultorias, que trabalham em um nível mais estratégico, tem aqueles que fazem projeto de Analytics fim a fim, e temos VARs com uma plataforma específica de soluções, mas tinham um gap, que era a necessidade de capturar dados em vários sistemas”, diz o executivo.
Virtualização de dados
Cada vez mais as empresas estão investindo em análise de dados. Mas o maior desafio para a empresa ser orientada a dados é justamente ter os dados para analisar. “Tem um estudo que indica que para analisar um dado se gasta 80% do tempo conseguindo aquele dado e 20% para analisar. O ideal é que esses números fossem invertidos. O que fazemos é facilitar o acesso ao dado”, comenta Wenna. “Outro estudo mostra que 75% dos dados armazenados em Data Lake não são usados. Se tem um custo enorme para colocar os dados lá e eles não são utilizados. Este é um dos negócios que entramos com nossa solução. Outra situação é de dados que estão armazenados, mas são difíceis de acessar. Essa é outra área que atuamos”, observa.
Ele explica que a virtualização de dados aponta para as fontes de dados, não interessando onde estejam, montando uma visualização virtual. O Denodo busca esses dados onde quer que estejam e traz uma visualização agregada de forma rápida, utilizando várias técnicas de acesso, Inteligência Artificial e otimizações. “Imagine várias tabelas espalhadas em diversos bancos de dados. O que o Denodo faz é criar um visualizador virtual para trazer todas essas informações em tempo real”, diz. “Temos visto uma tendência de as empresas se integrarem ao ecossistema, tanto entregando dados próprios para o ecossistema, assim como capturando dados externos para compor uma análise melhor. Por exemplo, a empresa é um grande exportador de grãos e quer saber o quanto está exportando versus o total de exportação do País. Esses dados do País estão no site da Receita. Ele pega o dado da Receita, cruza com os dados de seu ERP e outros que ele tem, e consegue ver a sua performance em tempo real. Essa informação pode ser importante para a precificação, por exemplo”, exemplifica.
Serviço
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