Empresas formalmente comprometidas com práticas de desenvolvimento social e ambientalmente sustentáveis que atuam no Brasil levam em conta esses objetivos em seus planos estratégicos. O fato de a companhia ser doméstica ou multinacional não altera o resultado, de acordo com estudo de pesquisadoras do Insper.
Priscila Borin Claro e Nathalia Esteves, em “Sustainability-oriented Strategies and Sustainable Development Goals”, chegam a essas conclusões ao analisar informações coletadas, em 2018, com representantes de 132 empresas em operação no Brasil. Todas são signatárias do Pacto Global, iniciativa da ONU para o desenvolvimento sustentável.
O pacto, ao qual empresas aderem de forma voluntária, fixa os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, que foram lançados em 2015 e fazem parte da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Os objetivos se desdobram em 169 metas que abrangem pontos como erradicação da fome e da pobreza, preservação ambiental, igualdade de gênero, energia limpa e acessível e boas práticas trabalhistas.
As pesquisadoras avaliaram se as empresas consideram esses objetivos em seus planejamentos estratégicos e se o comprometimento de multinacionais, que têm maior diversificação geográfica e consequentemente maior escrutínio, difere do de domésticas.
Os resultados mostram que 94% das empresas analisadas têm o compromisso público de considerar os ODS em seu planejamento estratégico. Quanto à priorização dos objetivos, organizações domésticas e multinacionais consideram igualmente todos, sendo os mais relevantes o 8 (trabalho decente e crescimento econômico) e o 3 (saúde e bem-estar).
Firmas domésticas e multinacionais também se equivalem nas motivações, externas ou internas, que as levam a observar os ODS. A única diferença significativa detectada na análise foi que as multinacionais tendem a dar mais peso que as domésticas aos impactos socioeconômicos e ambientais negativos (externalidades) de sua cadeia de valor.
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