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Evento da União Europeia apresenta novo cabo submarino de fibra óptica entre Brasil e Portugal

Philippe Dumont, CEO da EllaLink, participa em Sines (Portugal) de apresentação sobre primeira conexão direta de alta capacidade entre América Latina e o continente europeu

Evento da União Europeia apresenta novo cabo submarino de fibra óptica entre Brasil e Portugal

O CEO da EllaLink, Philippe Dumont, participou em Sines, Portugal, da cerimônia de abertura do Leading the Digital Decade 2030, evento de dois dias organizado pela Comissão Europeia e pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia que discute o desenvolvimento tecnológico do bloco europeu.

O sistema EllaLink foi o tema central desse primeiro dia de evento por conta da instalação do cabo submarino de fibra óptica de alta capacidade entre Fortaleza (CE) e Sines, de 6 mil km de extensão – um investimento privado de 150 milhões de euros (cerca de 1 bilhão de reais). O cabo da EllaLink é o primeiro de alta capacidade a ligar diretamente o Brasil à Europa – a conexão, até agora, tem sido feita via Estados Unidos.

Além de Dumont, participaram da “EllaLink Cable Session” o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, o brasileiro Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, seu colega português Pedro Siza Vieira, ministro da Economia e Transição Digital, e Pekka Lundmark, presidente e CEO da Nokia.

A nova conexão vai reduzir em até 50% a latência, como é chamado o tempo de resposta na transmissão de dados entre os dois continentes

Em sua apresentação, Dumont ressaltou o caráter multinacional do cabo de fibra óptica de alta capacidade da EllaLink, “um projeto verdadeiramente europeu e brasileiro, não apenas por conectar dois continentes, mas por envolver profissionais de vários países”.

Segundo Dumont, muita gente não tem ideia do tempo que se leva para executar esse tipo de projeto. “Foram dez anos de trabalho árduo, da ideia inicial ao dia de hoje, uma aventura humana que envolveu muitos profissionais, e agora vamos conectar os dois continentes pelos próximos 25 anos, por meio de uma infraestrutura moderna”, afirmou o CEO da EllaLink.

A nova conexão vai reduzir em até 50% a latência, como é chamado o tempo de resposta na transmissão de dados entre os dois continentes. Negócios digitais, serviços em nuvem, bancos eletrônicos, mídia de entretenimento e jogos online se beneficiarão com a nova rede.

A empresa Ellalink tem a maioria de seu capital de propriedade do Fundo Marguerite (França/Luxemburgo), cujos recursos foram aportados por instituições públicas europeias, sendo a maior delas o European Investiment Bank. O funding do projeto tem capital próprio da empresa e de clientes âncoras que fizeram o aporte durante a construção do cabo, entre eles o consórcio científico BELLA (GÉANT e RedClara); Emacon, da Ilha da Madeira; CV Telecom, de Cabo Verde, e Telxius.

O Projeto BELLA (Building European Link with Latin America, na sigla em inglês) vai atender às necessidades de interconectividade de longo prazo das comunidades de pesquisa e educação da Europa e da América Latina. O BELLA está sendo implementado por um Consórcio de Redes Regionais de Pesquisa e Educação integrado por GÉANT (Europa) e RedCLARA (América Latina), que inclui Redes Nacionais de Pesquisa e Educação (RNIE ou NREN) de Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, além da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil.

EllaLink é uma plataforma óptica avançada que oferece conectividade segura de alta capacidade em uma rota transatlântica de baixa latência exclusiva. A tecnologia atende às necessidades crescentes dos mercados latino-americano e europeu. A rede vai conectar diretamente os principais hubs do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza) e da Europa (Lisboa, Madri e Marselha). A arquitetura do sistema EllaLink engloba tecnologia de última geração e oferece inicialmente 100 Tbps de capacidade em quatro pares de fibras diretas entre a Europa e o Brasil. Os locais de desembarque da plataforma são Fortaleza (Brasil) e Sines (Portugal) e a entrada em operação será no segundo trimestre de 2021.

 

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