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A relevância da área de Analytics na evolução dos birôs de crédito

Quem acredita que o negócio dos birôs de crédito é receber dados, fazer o processamento, gerar a nota de crédito – e mantê-la atualizada -, bem como emitir relatório, precisa se atualizar sobre todas as atividades atualmente desenvolvidas por essas empresas, e que vão muito além do crédito. Hoje os birôs buscam impactar o EBITDA, o resultado financeiro do cliente. A tomada de decisão voltada à obtenção de resultado financeiro é terreno fértil para a atuação dos birôs no cenário atual.

E essa evolução tem sido possível, em grande parte, graças à forte expansão do uso de Analytics pelo setor. A área de Analytics é o maior investimento em inovação sendo feito pelos birôs. Agrega computação, tecnologia, matemática, estatística e negócio, tendo como inputs o conhecimento do negócio e do mercado; a tecnicidade da modelagem; e o conhecimento de tecnologia. A fusão dessas três grandes áreas nessa estrutura chamada Analytics permite que o birô encontre um canal continuado de inovação. E a tradução disso são as novas respostas, os novos produtos, as novas soluções que vêm sendo desenvolvidas e colocadas no mercado.

Objetivamente, analíticos são conjuntos de modelos matemáticos traduzidos em softwares e programas de computador, sob a forma de algoritmos. Os analíticos permeiam do início ao fim a atividade do birô, desde a aquisição, armazenamento, transformação dos dados, até o processo de modelagem e o efetivo retorno das notas de crédito ao mercado. E são milhões de dados ou milhões de variáveis avaliadas.

Com a introdução do Cadastro Positivo e de novas fontes de dados, o uso dos analíticos permitiu viabilizar uma gama enorme de novos escores, além da tradicional nota de crédito para pessoa física e jurídica. Essa nova forma de se fazer Analytics viabiliza escores como o de renegociação de dívida ou o escore digital, que se baseia nos dados que a pessoa deixa no celular, na internet, em qualquer recurso digital, e que os birôs conseguem traduzir em escore. Aí se está, além do uso de dados tradicionais, abrindo outras possibilidades como escores de comportamento, de cartões, de financiamento de veículos. Essa evolução no mundo de Analytics permite aos nossos clientes e ao mercado de crédito nacional atingir novos patamares, reduzindo inadimplência e fraude, aumentando a transação e a volumetria das suas carteiras.

Quando se fala em desenvolver inteligência para, por exemplo, ajudar os clientes a identificar quem é mais apto a fazer determinado investimento, essa também é uma expansão da atividade do birô, que passa a fornecer escore para investimento. Mas também é possível criar escore para seguros ou para a propensão ao consumo de determinados produtos. Isso traduz o negócio do birô, sua contribuição ao cenário econômico nacional, sua capacidade de impactar a economia de diversos segmentos, varejo, indústria, serviços, empresas de todos os portes, incluindo as fintechs que surgem como possibilidades de consumo e uso.

Uma característica importante do mundo de Analytics é que ele é darwinista, pois evolui naturalmente e se adapta às novas realidades e às demandas do mercado. Assim, nós encontramos novas aplicações, novas formas de fornecer inteligência aos nossos clientes. Hoje, além da estrutura de microsserviços, temos novos relatórios, tudo disponibilizado em nuvem para os clientes, o que nos permite agregar em um mesmo relatório uma família toda nova de escores, uma família toda nova de análises. Com isso, o modelo de negócio evolui, se transforma, e a área de Analytics é o chassi, a estrutura do desenvolvimento.

Por Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC)

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