O que esperar da TI em 2021?

Prepare-se para um clichê. O ano de 2020 foi sem precedentes o período mais incerto, confuso e nebuloso de todos os tempos, pelo menos para mim e meus contemporâneos nascidos no século XX. E, seguindo com essa imprevisibilidade sem data para acabar, precisamos acomodar nossas angústias e inquietações. Pois, teremos que encarar mais um longo caminho para termos novamente o controle das nossas vidas em nossas mãos – pelo menos no que se refere à liberdade e ir e vir.

Dentro desse cenário de tantas incertezas, decidimos ajudar nossos clientes dando-lhes alguma visibilidade em relação ao futuro e em relação às tendências tecnológicas. Nesse sentido, fizemos no final do ano passado uma pesquisa ouvindo 3.400 tomadores de decisão em todo o mundo para descobrir o que as pessoas acreditam que moldará a TI em 2021. E os resultados foram esses:

Nuvem Híbrida
É compreensível que várias organizações tenham a computação em nuvem em mente – e a saber, Nuvem híbrida e multicloud estão em muitas previsões. Esse mesmo sentimento é ecoado em nossa própria pesquisa, o Enterprise Cloud Index, em que 86% dos entrevistados citam a nuvem híbrida como seu modelo operacional ideal.

Redução de custos
Essa previsão não foi surpresa. Com a direção que 2020 tomou, mais equipes foram forçadas a reduzir os orçamentos. Compreensivelmente, a pressão é para economizar.
Um ambiente híbrido entrega possibilidades que permitem redução de custos pela otimização dos recursos. Quando a infraestrutura é definida por software, podemos alocar computação e pessoas de modo eficiente e temos tempo para investir em inovação e estratégia para melhorar ainda mais a eficiência de custos.

Automação
Embora essa previsão não seja exclusiva para a transição 2020-2021, mais empresas estão percebendo quanto tempo é gasto em tarefas rotineiras. Você pode testar a automação centrada em aplicações gratuitamente para ver quanto tempo pode economizar. Comece publicando projetos com um modelo orientado por políticas e permitindo o autoatendimento para agilizar o provisionamento de aplicações entre as equipes.

Trabalho remoto
Nenhuma surpresa. De longe, a maioria dos entrevistados espera que o trabalho remoto não seja apenas uma realidade contínua em 2021 mas talvez uma instalação permanente. E outras tendências corroboram essa crença.
Mesmo quando a pandemia estiver sob controle e as pessoas puderem voltar a trabalhar nos escritórios, as coisas certamente serão diferentes. Muitas empresas planejam reduzir a equipe no local e manter uma quantidade reduzida de pessoas em um único local de trabalho, seja pelo rodízio de equipes no escritório ou mesmo em reuniões pontuais.

Desktop-as-a-Service
Com o aumento do trabalho em casa, surge a necessidade de desktop como serviço (DaaS) para fornecer aplicações virtuais e desktops em qualquer lugar do mundo. Durante os estágios iniciais da onda de trabalho remoto, muitas empresas se viram sem uma solução de DaaS viável – então, provavelmente veremos mais adoção de DaaS neste ano.

VDI
DaaS e infraestrutura de desktop virtual (VDI) estavam intimamente ligados para a segunda resposta mais prevista em nossa pesquisa. A mesma verdade é válida: quanto maior o número de funcionários remotos, maior será a necessidade de VDI e soluções semelhantes.

Segurança
Violações de segurança acontecem. Mas você sabe o quão caro elas são? Em 2021, os crimes cibernéticos devem custar US$ 6 trilhões à economia global, conforme o relatório “Cybersecurity — Fighting Invisible Threats”, do banco suíço Julius Baer. Uma estratégia que estará no radar este ano é o modelo de segurança Zero Trust, que vem rapidamente se tornando a forma preferida de bloquear qualquer invasor. É importante que você prepare sua infraestrutura para ter visibilidade e o controle necessários para implementação do Zero Trust.

Com forte impacto causado pela pandemia, as empresas vêm buscando retomar o curso de seus negócios e construir um novo futuro. Nesse período conturbado, foram expostas as fragilidades: conseguimos ver cadeias de suprimentos frágeis, políticas de segurança ineficientes, infraestrutura limitada e/ou obsoleta, fontes de informação não confiáveis e também passamos a enxergar novas necessidades dos nossos clientes. Ficou claro que não há liderança sem o domínio da tecnologia.

As organizações que conseguiram aprender boas lições com a pandemia se deram conta que não precisam esperar pelo novo normal e, sim, já começaram a construir um novo caminho. Sabemos que grandes mudanças requerem coragem e ousadia de seus líderes, mas é válido deixar claro que é a tecnologia que irá sustentar qualquer grande mudança.

Por Leonel Oliveira, diretor geral da Nutanix Brasil