No fim de outubro, mais de 500 profissionais de organizações que já usam 5G ou planejam adotar a tecnologia nos próximos 12 meses foram entrevistados online durante um webcast da consultoria Deloitte intitulado “Preparando uma abordagem de segurança cibernética integrada para o advento do 5G”. Das organizações que já adotam o 5G, 76,4% disseram que estão preocupados com os riscos de segurança; das que ainda vão adotar nos próximos 12 meses esse número sobre para 80,7%.
“A disponibilidade de largura de banda 5G dos EUA se expandiu e acelerou consideravelmente nos últimos meses, oferecendo vantagens competitivas tecnológicas, financeiras e de outros tipos para os primeiros usuários”, disse Wendy Frank, líder em Cyber 5G da Deloitte Risk & Financial Advisory. “É claro que, com todo o avanço tecnológico que o 5G permite, o cenário de ameaças cibernéticas e as áreas de superfície de ataque se expandem consideravelmente. Trabalhar proativamente para mitigar os riscos de segurança cibernética apresentados pela adoção do 5G é a marca registrada de um programa bem projetado”, observou o executivo.
Segundo a pesquisa, as maiores preocupações com a segurança cibernética para a adoção do 5G diferiram por grupo. Para os profissionais em organizações que atualmente usam a tecnologia, o talento representa o maior desafio para a adoção do 5G (30,1%), pois serão necessários profissionais de segurança devidamente qualificados para a implementação, manutenção e operações. Para os entrevistados de organizações que planejam adotar 5G no próximo ano, os principais desafios cibernéticos foram dados (26,8%), devido a um aumento no volume e diversidade de dados criados a partir de segmentos habilitados para 5G (por exemplo, IoT, ERP e dados confidenciais) bem como riscos de má gestão de dados.
“Para organizações que utilizam 5G, o risco cibernético aumentará rapidamente se os desafios – como falta de criptografia sofisticada, operações descentralizadas ou monitoramento de segurança funcionando em detrimento das velocidades de desempenho – não forem resolvidos”, disse Frank. “Proteger o cenário de ameaças amplamente expandido resultante da adoção do 5G exigirá dois esforços igualmente importantes: colocar o talento certo no lugar ou aperfeiçoar; e aproveitar a Inteligência Artificial e Machine Learning para automatizar áreas como configuração de política de segurança, monitoramento de conformidade e detecção de ameaças e vulnerabilidades”, comentou.
A pandemia de Covid-19 teve impactos mistos nos planos organizacionais dos entrevistados para adotar o 5G. Em organizações que já usam a tecnologia, 32,2% dos entrevistados disseram que a velocidade de adoção acelerou. Inversamente, a velocidade de adoção diminuiu como resultado da interrupção causada pela pandemia para 21,8% das pessoas em organizações que planejam adotar 5G no ano seguinte. Isso mostra que, quem já adotou a tecnologia percebeu seus benefícios, como a criação de novos tipos de dados, a maior velocidade de transmissão e a capacidade de desenvolver incontáveis dispositivos IoT por meio de redes 5G. Assim, aceleram seus projetos para ganhar diferencial competitivo.
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