Para analisar as qualidades que profissionais acreditam ser as mais necessárias para adotar e trabalhar com inteligência artificial (IA), os níveis de investimento e de adoção da tecnologia e expectativas dos negócios, a Microsoft conduziu uma pesquisa com profissionais de 19 países. O estudo mostra que o Brasil tem 31,9% de empresas em estágio avançado de adoção, os chamados AI Leaders, um número maior que a média global, que é de 23%. Outro dado que chama a atenção é que 98% dessas empresas já estão se beneficiando financeiramente graças à IA.
Foram ouvidas empresas de 19 regiões diferentes, incluindo Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Espanha, Peru, Índia, Israel, entre outros. As empresas foram divididas em três estágios: IA Iniciantes, aquelas que ainda não utilizam IA em seus negócios; IA Intermediários, que estão explorando o uso da IA e implementado em algumas áreas; e IA Líderes, empresas que já incorporaram o uso da IA em diversas áreas, nos processos internos e que fazem da tecnologia parte de sua estratégia de negócios.
No Brasil, a pesquisa aponta que a maioria das empresas já está aplicando IA em seus negócios em níveis intermediários e avançados. 40% estão no estágio intermediário e 32% como Líderes. Já aquelas que ainda não adotaram a tecnologia representam 28%, que estão no estágio Iniciante. As companhias que já estão adotando a IA também estão obtendo valor com o uso da tecnologia, 86,7% das intermediárias dizem já estar se beneficiando e 98% das que estão em nível avançado afirmam o mesmo. Já as empresas em nível inicial não avaliaram esse quesito por ainda não utilizarem a tecnologia.
Esses dados indicam que quanto mais se implementa IA, mais benefícios é possível usufruir dela. Os negócios em estágio de Líderes se mostram empolgados com os benefícios gerados pela IA e 56% projetam um crescimento de dois dígitos ao longo de cinco anos. Já nas empresas em estágio Intermediário 28,9% também esperam o mesmo crescimento, enquanto nas que se classificam como Iniciantes, 11% têm a mesma expectativa.
Adoção madura de IA requer novas habilidades das equipes
À medida que as companhias adotam o uso de IA como parte da estratégia de negócio, elas entendem que são necessárias habilidades para que seus colaboradores possam construir, colaborar e supervisionar a tecnologia. Nesse contexto, 100% dos entrevistados em nível de Líderes afirmam que pretendem ou já estão investindo em programas de recapacitação (32,5% e 67,5% respectivamente). Entre os funcionários, 66% afirmam que já foram requalificados enquanto 62% sentem que suas empresas o estão preparando para isso.
Em relação às oportunidades que acreditam que a IA pode trazer aos negócios, 45,5% dizem que ela permite a realização de trabalhos mais significativos e 48,5% vê a IA como uma facilitadora, tornando a realização de tarefas algo mais agradável. Esses dados são de empresas em nível avançado, onde a IA faz parte do negócio e seus colaboradores já conseguem experimentar os benefícios da tecnologia, pois quando bem treinada, ela consegue realizar tarefas operacionais mais rapidamente que humanos – gerando uma economia de tempo para essas pessoas e a possibilidade de que se dediquem a outras tarefas. Quando questionados sobre como pretendem investir esse tempo livre, 44% afirmam que desejam inovar, 43% desejam utilizar para o aprendizado, 38% querem planejar novas coisas e 34% colaborar com suas equipes.
“A Microsoft tem como compromisso democratizar o uso da IA, pois acredita que o potencial da tecnologia pode beneficiar negócios e organizações, independentemente de sua área de atuação ou porte. Sabemos que muitas empresas enfrentam dificuldades no começo de sua jornada rumo à transformação digital e têm dúvidas sobre como implementar o uso de IA. Essa pesquisa nos mostra que quanto mais ela é aplicada aos negócios, mais benefícios podem ser obtidos a partir dela”, diz Fernando Lemos, diretor de Tecnologia da Microsoft.
A pesquisa foi realizada do começo ao fim de março de 2020, englobando o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo. Foram analisadas companhias com mais de 250 funcionários, em diversos setores e foram entrevistados 500 colaboradores em níveis gerais e 100 gerentes.
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