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Adiamento da LGPD: o que muda para as empresas

Estamos vivendo um momento de grande transformação, com desafios diários. A pandemia gerada pelo coronavírus está obrigando que as empresas implementem modelos de trabalho remoto e novos sistemas de gestão para manter suas operações em funcionamento. O futuro digital, ao que parece, chegou, mas de uma forma impositiva e em um ritmo mais acelerado do que imaginávamos.

No meio de tantas mudanças, aqui no Brasil, tivemos o adiamento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ao invés de entrar em vigor no segundo semestre desse ano, foi adiada para agosto de 2021.

O adiamento é uma boa notícia. De forma geral, o adiamento na aplicação da LGPD representa apenas mais tempo para que as empresas se preparem para a nova legislação nacional – e é bom que seja entendido justamente dessa maneira. Mais do que isso: é fundamental que os executivos e líderes de tecnologia encarem o adiamento da nova regra como uma oportunidade de ouro para colocar as operações em dia, em total  concordância com a lei.

Ainda há um enorme contingente de companhias que não estão prontas para as regras da LGPD. De acordo com levantamentos de mercado, cerca de 85% de todas as empresas do País ainda não se prepararam para o cumprimento efetivo da nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Muitos empreendedores sequer entenderam que suas organizações também terão de se adequar.

Para essas companhias, o adiamento das regras significa uma nova chance. É o momento de avaliar quais são os processos críticos, quais são as mudanças a serem feitas e, ainda, estabelecer quais áreas e profissionais poderão ajudar sua operação a cumprir as prerrogativas da lei.

Se sua empresa ainda está nesse processo, é essencial seguir investindo em aprimoramento contínuo dos recursos de TI, gerenciamento de dados e, claro, segurança dos registros. Ou seja, não espere simplesmente o tempo passar. Ao contrário, a grande dica é usar esse tempo extra, de um ano, para avançar ainda mais.

Os impactos da pandemia têm deixado claro que a digitalização dos negócios e a utilização da tecnologia serão mandatórios para as companhias. Quem quiser vender, precisa estar pronto para combinar o mundo real e o virtual, sempre garantindo a privacidade dos usuários e a eficiência das plataformas de atendimento. Vale destacar, por exemplo, que estudos já indicam que o uso de dados pessoais crescerá substancia lmente durante os próximos anos, principalmente à medida que as empresas reforçarem a utilização de novos recursos de tecnologia para satisfazer seus consumidores.

Exatamente por essa razão, o adiamento da LGPD não deve ser avaliado como um passo atrás nas ações de proteção e uso de dados. Ao contrário. Seguir os parâmetros da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais pode ser uma oportunidade interessante para construir planos estratégicos que permitam a retomada mais rápida das vendas em todos os meios.

A legislação tem que ser encarada como uma cartilha básica para o desenvolvimento de negócios digitais – e não como uma ameaça. A LGPD é muito mais do que a imposição de sanções e multas às empresas. Antes disso, ela pode ser um guia capaz de fornecer a trilha certa para novas vendas e oferta de melhores experiências aos consumidores.

A adequação das operações requer, por sua vez, atenção contínua ao funcionamento das estruturas e a definição de parcerias estratégicas que mitiguem todo e qualquer risco. Cuidar das informações começa com infraestrutura e software adequado, bem configurado e moderno. Para o mundo pós-pandemia e regulamentado pela LGPD, é necessário que as companhias adotem estratégias e fe rramentas que entreguem o máximo de performance sempre – em qualquer lugar e horário.

Ter uma operação funcionando 100%, com segurança e qualidade no uso das informações, é uma necessidade que vai muito além de qualquer lei. A mudança da data de vigor da LGPD, nesse sentido, é apenas uma medida de cuidado. Afinal de contas, é fato que este é um momento único e transformador. Saber utilizar a TI, as informações e o tempo extra em favor dos negócios será, portanto, um diferencial estratégico. Quem entender isso, certamente levará vantagem neste novo mundo.

Por Sandra Maura, CEO da Topmind

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