book_icon

Pesquisadores revelam aumento de 30 mil por cento de ameaças cibernéticas

Desde janeiro de 2020, US$ 19 milhões já foram perdidos em golpes relacionados ao Coronavírus
Pesquisadores revelam aumento de 30 mil por cento de ameaças cibernéticas

Não, isso não é um erro de digitação! Pesquisadores da Zscaler observaram em março, um aumento 30 mil por cento em ataques maliciosos e malwares relacionados a pandemia da Covid-19, em comparação ao início de 2020, quando as primeiras ameaças de segurança começaram a usar temas relacionados ao coronavírus. No total, 380 mil ataques maliciosos e malwares foram detectados no terceiro mês do ano.
Este tipo de ataque mais que dobrou no Brasil nestes meses em que o mundo combate a pandemia. Segundo a Kaspersky, gigante internacional em sistemas de segurança online, os ataques de phishing contra dispositivos móveis aumentaram 124% em março.

O Brasil ocupa o 70º lugar no índice de segurança cibernética da UIT (União Internacional de Telecomunicações, das Nações Unidas) e é o segundo país mais afetado em termos de perdas econômicas devido a ataques cibernéticos 

Ainda em fevereiro deste ano foram registradas a criação de milhares de sites maliciosos com a função de disparar mensagens para download de ‘player de vídeo’ para atrair as vítimas. Apesar de trazerem nomes com palavras como Wuhan, cidade chinesa onde se iniciou a pandemia, ou Covid, rodar um destes downloads abre a porta para cibercriminosos.
De acordo com estatísticas da Federal Trade Comission, atualizadas diariamente, mais de $ 19 milhões de dólares foram perdidos em golpes relacionados ao Coronavírus. O número é baseado em reclamações de consumidores recebidas desde janeiro deste ano.
O Brasil ocupa o 70º lugar no índice de segurança cibernética da União Internacional de Telecomunicações, das Nações Unidas, UIT, e é o segundo país mais afetado em termos de perdas econômicas devido a ataques cibernéticos.
Em 2018, empresas brasileiras calcularam perdas de mais de US$ 20 bilhões, afetando direta ou indiretamente 70 milhões de pessoas. Durante 2019, o Brasil viu mais de dois bilhões de ameaças por e-mail, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com dez bilhões de ameaças por e-mail e a China, com quatro bilhões.
Thiago Souza, responsável pela operação brasileira da Allot, fornecedora de soluções inovadoras de inteligência e segurança de rede para provedores de serviços em todo o mundo, faz uma analogia dos ataques cibernéticos com a pandemia de Corona Vírus. “Segundo especialistas em saúde, ainda não existem vacinas ou remédios para o combate à Covid-19. Isolamento social e o uso de máscaras são as únicas coisas que podem evitar o contágio. Ataques cibernéticos são praticamente inevitáveis. Há que se tomar todas as precauções a que se tem acesso para evitar a contaminação, mas nem sempre é possível. A proteção em rede é o método mais eficiente a que temos acesso para evitar a infecção dos dispositivos por malwares”.
Como se proteger
Fique atento ao incluir senhas para participação em sorteios, prêmios, bonificação de valores financeiros, vagas de emprego e temas relacionados ao coronavírus.
Sempre baixe aplicativos por meio das lojas oficiais. Avalie o conteúdo, os comentários dos usuários e quem o desenvolveu. Durante a instalação é necessário analisar os dados solicitados, armazenamento, localização, lista de contatos, câmera, microfone e pondere se o aplicativo realmente precisa dessa permissão.
É necessário estar atento a origem do link e da informação que recebemos. Recomenda-se a pesquisa em sites oficiais ou sites de busca. Ao identificar uma notícia falsa, é importante comunicar a pessoa que a encaminhou e evitar que a fake news se propague.
Não aceitar convite de pessoas desconhecidas nas redes sociais, que terão acesso a sua vida, seus amigos, locais que frequenta e às fotos. É importante evitar que essas informações possam ser usadas em futuros golpes.
Ainda nas redes sociais, utilizar a função de dois fatores de autenticação para o login.
Os criminosos têm usado ligações para realizar fraudes por chamadas, solicitando envio de pagamentos fraudulentos.
É preciso ser criterioso também nos e-mails e mensagens recebidas pelo WhatsApp. Não clique em links de remetentes desconhecidos.
Invista em plataformas de segurança, como antivírus, no computador, notebook celular.

Comentários

Os comentários estão fechados nesse post.
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.