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Geração distribuída será analisada sob quatro diferentes ângulos na Ecoenergy

Painel comandado pela ABEAMA irá discutir as oportunidades e os desafios da modalidade, na mira de um marco tarifário
Geração distribuída será analisada sob quatro diferentes ângulos na Ecoenergy

empresa de energiaEstimulada de um lado pela queda nos custos de implantação das fontes alternativas e, de outro, pelo valor cada vez mais elevado das contas de luz, a geração distribuída (GD) de energia será o tema de um debate conduzido pela Associação Brasileira de Energias Alternativas e Meio Ambiente (ABEAMA) durante a Ecoenergy – Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia. O evento acontece entre os dias 21 e 23 de maio no São Paulo Expo.

O presidente da ABEAMA, Ruberval Baldini, será o moderador do painel, integrante da programação do Congresso Ecoenergy. Ele fará uma exposição sobre geração distribuída abordando a situação atual no Brasil e as implicações da atividade para o consumidor local de energia. Quatro debatedores fornecerão visões por ângulos diferentes, ajudando a compor um panorama para a GD no país.

O evento acontece entre os dias 21 e 23 de maio no São Paulo Expo 

Hamilton Moss, pró-reitor de Integração da Universidade de Vassouras (RJ), falará do impacto da geração distribuída em pequenas cidades. O olhar do governo sobre os novos conceitos de produção de energia, especialmente a eólica, será compartilhado com o público por Flávio Alberto Figueiredo Rosa, engenheiro da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – órgão de estudos e pesquisas vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME).

A integração da arquitetura e do urbanismo com a tecnologia de energia solar fotovoltaica, sobretudo por meio da quebra de paradigmas, será comentada pela arquiteta Cecília Maria Neder Castro, diretora de inovação da ABEAMA. Por fim, o arcabouço legal da geração distribuída, no que tange aos efeitos da inovação para os consumidores, será detalhado por Mauren Gomes Bragança Retto, juíza do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo.

Proposta polêmica

Como não poderia deixar de ser, o painel terá como pano de fundo a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de revisar a Resolução Normativa 482/2012, instituindo um marco tarifário para o uso dos sistemas de transmissão e distribuição pelos empreendimentos de micro e minigeração distribuída de energia. Audiência pública sobre a questão foi aberta em janeiro deste ano, contou com três sessões presenciais (Brasília, São Paulo e Fortaleza) e foi encerrada em abril. Ainda não foi anunciada uma definição.

A ANEEL considera a tarifação necessária para evitar eventuais prejuízos aos consumidores que não são “prosumidores” – isto é, consumidores que também produzem energia. Estes, pelas regras atuais, podem ter abatimentos em suas contas de acordo com o volume de eletricidade que injetam na rede. A ABEAMA, porém, tem objeção a mudanças neste momento.

“Entendemos que a Resolução 482 não deva ser alterada até que tenhamos um volume de conexões GD em todas as concessionárias brasileiras que permita uma amostragem significativa dos resultados”, afirma Ruberval Baldini.

A quantidade mínima razoável para uma avaliação, segundo o presidente da ABEAMA, seria de 5% de Unidades Consumidoras (UC), ou cerca de 4 milhões de usuários do total atual de 80 milhões. “Hoje, porém, não temos nem 1% de acessos de geração distribuída no país”, situa Baldini. “Não faz sentido mudar algo de representatividade ainda tão pequena. Tememos pelo contrário: que a alteração afete os milhões de consumidores que desconhecem a possibilidade de serem prosumidores”

Serviço:

Ecoenergy 2019

Data: 21 a 23 de maio

Horário: 13h às 20h

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center

Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo/SP

feiraecoenergy.com.br/16/

Painel de Debates ABEAMA

Data: 22 de maio

Horário: 12h às 13h30

Local: Sala 1 do Congresso Internacional

A Cipa Fiera Milano, filial brasileira da Fiera Milano, um dos players de feiras e congressos que a cada ano atraem aproximadamente 30 mil expositores e mais de cinco milhões de visitantes, tornou-se sócio majoritário da Cipa do Brasil em 2011, dando origem à Cipa Fiera Milano. No Brasil, são realizadas nove feiras que representam os mais diversos segmentos da economia, como segurança, energias limpas e sustentáveis, tubos e conexões, cabos e fios, saúde no trabalho, tratamento de superfícies, esquadrias, tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade, entre outras. Entre as principais marcas do portfólio estão Exposec, Fisp, Fesqua, Ebrats, Ecoenergy e Reatech.

 

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