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Previsões da IDC para a América Latina

A Nuvem será o coração da TI, a computação de borda está em alta e as pessoas trabalharão em diferentes locais como se estivem no escritório
Previsões da IDC para a América Latina

A IDC Latam divulgou ontem (18/11), em um evento online, as suas previsões para América Latina para 2021. Segundo Ricardo Villate vice-presidente da empresa, a região foi seriamente afetada pela pandemia de Covid-19. O Produto Interno Bruto (PIB) latino-americano deverá encolher mais de 8% este ano. No Brasil, a queda estimada é de 5,8%. Já a indústria de Tecnologia pode ser vista por dois prismas: em dólar corrente, o setor irá amargar um tombo de 11,2%, mas se eliminar a variação da moeda americana, haverá um crescimento de 5,5% no faturamento deste ano e de 7.7% em 2021. Para o Brasil, os cálculos da IDC indicam uma queda de 12% em dólar corrente, mas um crescimento de 12,2% eliminando a variação da moeda. Já para o próximo ano, a previsão é um aumento no faturamento de 5%.
A primeira previsão da consultoria é de que, até o final de 2021, 75% das grandes empresas na América Latina migrarão suas infraestruturas e aplicativos para a Nuvem e em um ritmo duas vezes mais rápido do que antes da pandemia. A otimização das Nuvens determinará o ritmo e a direção das introduções de tecnologia para infraestrutura, aplicativos e serviços de dados. Isso tornar a empresa mais resiliente digitalmente e definirá os termos de como e onde as equipes de TI precisam consumir/implantar recursos. Gerenciar e conectar esses recursos representará os desafios operacionais de TI mais críticos. A IDC aconselha o gestor a pesar todas as vantagens e desvantagens de localização, uso de ativos e modelos de consumo para habilitar uma infraestrutura inovadora, porém resiliente, necessária para acesso em qualquer lugar e a qualquer hora.

As empresas devem treinar e incentivar a equipe a se atualizar em diferentes tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e Segurança Cibernética  

Outra previsão é que, até 2023, haverá uma aceleração de investimento em Computação de Borda por conta das mudanças na força de trabalho e nas práticas operacionais durante a pandemia, sendo que 50% dos investimentos serão direcionados para este segmento, com mudanças no modelo de negócios na maioria das empresas da América Latina. Para a TI, isso significa a necessidade de implantar e gerenciar uma gama crescente de infraestrutura baseada em bordas, código e conjuntos de dados em locais geograficamente dispersos, vinculados a recursos em Nuvem. O maior desafio será lidar com a possibilidade de que grande parte da infraestrutura subjacente real não esteja sob seu controle, mas de um operador de rede ou provedor.
A IDC orienta adotar modelos de entrega de recursos de TI flexíveis, que permitam a implantação/consumo de recursos no local e com base na rede, que também estão intimamente ligados aos principais ambientes de Nuvem pública. Também é recomendado desenvolver ferramentas para a migração, integração e gerenciamento automatizado de aplicativos, código e conjuntos de dados em implantações de Nuvem locais e externas.
Outras tendências
A terceira previsão é que em 2023, 60% das empresas LA5000 se comprometerão a fornecer paridade técnica a uma força de trabalho híbrida por design e não por circunstância, permitindo que trabalhem juntos separadamente e em tempo real. Assim, com o home office, a TI deverá adotar locais remotos como parte do ambiente corporativo geral, garantindo acesso seguro aos recursos corporativos e à infraestrutura apropriada, incluindo recursos de computação e largura de banda adequada. A TI deve desenvolver procedimentos de suporte e manutenção para incluir trabalhadores remotos e de campo e trabalhadores que podem estar em fusos horários diferentes.
Outro ponto colocado pela IDC é que as corporações deverão remediar pendências técnica até 2022, que podem causar estresse financeiro, impacto inercial na agilidade de TI e migrações de marcha forçada para a Nuvem. No início da pandemia, os CIOs tiveram de tomar medidas necessárias para permitir a rápida articulação dos modelos operacionais e de negócios, mas essa rapidez resultou em soluções menos robustas e bem arquitetadas.
De acordo com a IDC, em 2023 um ecossistema de Nuvem emergente para estender o controle de recursos e análises em tempo real será a plataforma subjacente para todas as iniciativas de automação de TI e negócios. A TI corporativa e os processos de negócios dependerão mais de um conjunto consistente de tecnologias de operações, incluindo sistemas de controle de ativos, sistemas de gerenciamento de ativos e gerenciamento de distribuição. Será preciso coordenar os compromissos de serviços em Nuvem de maneira mais eficaz com as equipes de linha de negócios, que buscam automatizar os processos de serviço digital e os processos operacionais de negócios.
As organizações também devem enfrentar o desafio de integrar o trabalho de diferentes habilidades e posições em um cenário em que a tecnologia muda rápida e constantemente. A falta de profissionais com habilidades em IA, segurança cibernética e Nuvem será um problema importante nos próximos três anos. Ainda mais, essa lacuna de habilidades pode continuar crescendo devido à tecnologia avançada, sem profissionais certificados para lidar com isso. As empresas devem treinar e incentivar a equipe a se atualizar em diferentes tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e Segurança Cibernética. É recomendável atrair talentos digitais diversificando a abordagem de recrutamento. O gestor deve desenvolver a equipe digital criando um ambiente que prioriza e recompensa a paixão pelo aprendizado, aproveitando a mudança para eliminar a resistência por meio do acesso a treinamentos reconhecidos.
Serviço
www.idc.com
 
 

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