A chegada de mais provedores de internet ao mercado pode aumentar a concorrência entre as empresas e o consumidor será o grande beneficiário dessa corrida tecnológica – com conexão mais rápida, melhores preços e atendimento humanizado. Motivada pela presença de pequenas e médias operadoras com licença SCM – Serviço de Comunicação Multimídia – em todo Brasil, a mudança promete aquecer os mercados regionais.
Somente nos primeiros sete meses de 2018, os provedores de pequeno e médio porte agregaram mais de 1,2 milhão de acessos à rede de banda larga brasileira, representando 73% do total de novos acessos do período. E para o futuro, a tendência é que mais provedores surjam para concorrer diretamente com grandes empresas do setor.
“Nos próximos anos, enxergo fôlego suficiente no mercado de internet residencial para o surgimento tanto de novos players iniciando do zero quanto de ISPs que venham a se consolidar, ou através de fusões de players já existentes, ou ainda da entrada de novos players de outros mercados”, afirma o consultor Nicolas Bueno.
Segundo a projeção do especialista, com o crescimento do setor é natural que ocorram fusões e aquisições de ISPs visando acirrar a capacidade operacional e financeira e, como consequência, a movimentação vai acirrar a concorrência nos mercados regionais. De acordo com Bueno, no entanto, o mercado ainda enfrenta desafios como a regularização fiscal e o foco no aumento da lucratividade e ticket médio – para poder concorrer com grandes players ao mesmo tempo em que conseguem regularizar sua situação fiscal.
Do ponto de vista do consumidor, a oferta de serviços de internet pode melhorar exponencialmente não apenas em grandes capitais, mas também em zonas rurais e de interior – mercados que geram pouco interesse para grandes provedores, mas que são o foco de provedores regionais. A maior concorrência pode elevar o nível de atendimento para fidelizar os usurários.
“Surpreender os clientes a cada ligação, a cada teste de velocidade, a cada segunda via de boleto e a cada ponto de contato com a marca. Superar as expectativas dos clientes em todos os pontos de contato entre a marca e o cliente é o principal diferencial de qualquer ISP. Além disso, é fundamental que os ISPs consigam melhorar muito a gestão interna para concorrer com grandes players e também com provedores regionais que já estão, ou, em breve, estarão vendendo internet em fibra óptica”, alerta o consultor.
Mesmo assim, o cenário é atrativo para novos negócios e para empreendedorismo nos diversos mercados relacionados ao setor. De olho nas novas oportunidades, o setor de ISP já se organiza para a profissionalização e crescimento sustentável do serviço.
Em 2019, por exemplo, as principais capitais brasileiras receberão uma expedição tecnológica – a Future ISP. O evento reúne especialistas, fornecedores e empreendedores para fomentar novas parcerias para impulsionar a qualidade e a efetividade da internet no país. Este ano, o encontro nacional ocorrerá em Olinda nos dias 8, 9 e 10 de maio no Centro de Convenções de Pernambuco – Cecon e uma edição acontecerá em São Paulo pela primeira vez, de 17 a 19 de setembro, no Transamerica Expo Center.
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