As câmeras de videomonitoramento estão espalhadas por estabelecimentos comerciais, instituições financeiras, hospitais, casas e já criaram uma rede de dados que cobre praticamente todas as cidades do Brasil – o próximo passo é agora conectá-los.
A câmera do estabelecimento vizinho se tornou essencial para resolver uma ocorrência no outro quarteirão. Cada vez mais chega-se ao consenso que é fundamental conectar tecnologias e, mais do que isso, conectar pessoas interessadas em colaborar ativamente para a segurança do bairro.
Em resumo, o videomonitoramento de uma residência, por exemplo, não é apenas importante àquela família, mas também para toda vizinhança, bairro ou cidade. Os dados compartilhados ganham força e resolvem mais rapidamente quebra-cabeças que antes seriam impossíveis. As cidades cresceram de tal forma que a colaboração de todos os setores é essencial para manter a ordem e segurança dos cidadãos.
Na capital paulista já existem esforços nesse sentido. O programa São Paulo Inteligente, conecta os gestores de grandes estabelecimentos engajados em investir em tecnologia de videomonitoramento e compartilhar as imagens com o Detecta, programa da Polícia Militar de São Paulo. Em troca, a melhoria na segurança beneficia a cidade como um todo, assim como shoppings, hospitais, mercados e outros estabelecimentos que participam da iniciativa.
O modelo de compartilhamento de dados com as autoridades policiais é relativamente novo e possível após a popularização dos equipamentos IP. Na vanguarda deste novo marco na segurança pública e privada, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança – Abese, está ajudando através de um grupo de trabalho e do próprio programa a abrir um canal entre empresários e o município para integrar recursos em prol do bem comum.
Mais do que uma evolução tecnológica, a missão é aproximar pessoas e transformar o olhar do setor privado para além da calçada. A tecnologia permitiu que, ao olhar a cidade como responsabilidade também de cada cidadão, indivíduos pudessem colaborar com a segurança pública ou mesmo com a segurança de um estabelecimento do outro lado da cidade – conectados por uma rede de tecnologia e solidariedade.
Por Selma Migliori, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança
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