O mercado de telecomunicações renova-se dia após dia. E um dos exemplos da adaptação às novas tecnologias é a utilização de impressoras 3D para o desenvolvimento de soluções para o segmento de telecom.
De acordo com o coordenador do setor de engenharia da Fibracem, Claudio Klein Catafesta, empresa nacional especializada no setor de telecomunicações, quando a indústria opta por uma produção a partir de uma experiência 3D, a probabilidade da eficácia dos produtos é consideravelmente maior. “Para fins de formato, a impressão 3D é bastante assertiva”, comenta.
No Brasil, o uso das impressoras 3D começou há algumas décadas, mas foi nos últimos anos que a tecnologia passou por uma popularização, inclusive ganhando espaço em setores como o industrial. Claudio comenta que, no caso da Fibracem, por exemplo, o desenvolvimento de protótipos em 3D dentro da empresa ocorre há aproximadamente dois anos, e que, para ele, cada vez mais os protótipos estão se tornando imprescindíveis para a execução de novos produtos. “Isso se deve à evolução dessa tecnologia e qualidade de impressão das novas gerações de prototipagem 3D”, ressalta.
Laboratório
Para o desenvolvimento de um modelo em impressora 3D na Fibracem, alguns requisitos precisam ser analisados. Segundo o coordenador, todos os produtos que são fabricados a partir de polímeros de engenharia são passíveis de serem desenvolvidos usando a impressão 3D. “A única restrição é que para peças grandes, o protótipo precisa ser dividido em partes e unidos com cola devido a limitações de tamanho das impressoras 3D”, acrescenta.
Processos
Para que um projeto de um novo produto comece a ser pensado dentro da indústria, é necessário que vários setores internos da companhia, como o comercial, o industrial e o de pesquisa se conversem e passem a atuar como fontes para a demanda. “Temos um processo cronológico, que começa com o planejamento englobando a validação da proposta e o levantamento dos custos. Assim, damos continuidade com a execução, com o desenvolvimento do protótipo [em impressora 3D], a validação do produto e o início da produção em escala. E, por fim, o encerramento do projeto, com a conclusão da documentação interna”, explica.
Certificação
A validação dos produtos ocorre por meio de estabelecimento de instruções de trabalho e planos de inspeção de produtos e de qualificação pessoal. De acordo com a CEO da empresa, Carina Bitencourt, para garantir ainda mais a qualidade dos produtos desenvolvidos dentro da empresa “existem inspeções contínuas dos produtos em todas as etapas de produção e que as liberações para o mercado ocorrem depois de homologações feitas em entidades responsáveis pela certificação”, finaliza a executiva.
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