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Liderança, tecnologia e disrupção: novos cenários corporativos

É hora de se preparar para o futuro. Em breve, uma boa parte dos gestores corporativos vai trabalhar em um ambiente organizacional híbrido, em que sistemas cognitivos, combinados a diferentes tecnologias, vão executar tarefas automáticas com mais velocidade, efetividade e produtividade que os seres humanos.

Com o delineamento desse novo cenário, algumas indústrias já estão repensando seus processos de gestão, nessa que é chamada de 4° Revolução Industrial.

A Inteligência Artificial está alterando a forma de se “fazer gestão”, uma vez que permite às lideranças uma nova maneira de enxergar o dia a dia do negócio, com uma visão de indicadores em tempo real e com mobilidade.

A Transformação Digital tem sido um tema importante para a maioria das empresas. É bem provável que alguns processos corporativos do futuro não tenham sido inventados ainda. Além disso, nessa segunda década do século 21, muitas profissões surgirão.

Negócios disruptivos, como um dos maiores sistemas de streaming do país e um dos mais reconhecidos aplicativos de carona,  pedem a redefinição da liderança em tempos pós modernos, quando parece que tudo o que era conhecido e sólido pode não fazer mais o mesmo sentido que antes. Nas empresas, a alta gestão costuma ser a condutora desse movimento de transformação.

Estamos na era da liderança disruptiva. Não é de hoje que diferentes gerações convivem no ambiente de trabalho. O que mudou drasticamente é que os jovens de hoje querem resultados mais rápidos. Uma boa parte quer crescer hierarquicamente sem passar pelas etapas de desenvolvimento tradicionais. Isso é bem vindo nas empresas, onde se busca a disrupção e os desafios da inovação.

Quando se fala em Transformação Digital, não é tudo só sobre tecnologia. É também sobre mentalidade e capacidade em lidar com os diferentes perfis que se combinam com o mercado de trabalho.

Dos jovens recém-formados na faculdade aos profissionais mais experientes, a forma de trabalhar é hoje mais desafiadora. É preciso criar nas empresas o ambiente divertido, desafiador e criativo das startups. A diversidade na gestão veio pra ficar, com equipes heterogêneas, formadas de acordo com a necessidade e lideradas de diferentes maneiras.

Os jovens estão encantados com a possibilidade de gerir seu próprio negócio. Muitos talentos deixam a empresa para se aventurar no ambiente inovador, acelerado e exponencial das startups. É uma inquietação em querer criar e escalonar rápido. Para não perder talentos nesse contexto, o segredo da liderança está em mostrar para a sua equipe que é possível criar novos negócios dentro da própria organização, por meio de áreas de inovação e metodologias diferenciadas de trabalho.

Em alguns ambientes empresariais, por exemplo, os colaboradores podem dedicar parte do seu tempo a criar novos negócios, que podem ser implementados ou não. O tempo dedicado à criatividade é produtivo e traz satisfação tanto para o colaborador, que se sente apoiado em suas iniciativas, quanto para gestores, que recebem e discutem essas novas ideias com entusiasmo.

Na medida em que essas tendências se apresentam, será que no futuro os gestores ficarão obsoletos e tudo será feito apenas por máquinas? Pelo menos no curto prazo, isso não deve acontecer.

Com o apoio de sistemas baseados em mobilidade e Inteligência Artificial, fica muito mais fácil acompanhar indicadores e fazer o gerenciamento de equipes durante uma viagem, por exemplo. Uma escala bem planejada pode ser a oportunidade de conversar online ou presencialmente com equipes de vendas.

O acesso às informações está na palma das mãos. Isso também vai alterar a rotina do gestor, cuja capacidade de agregar valor ao negócio se expande, uma vez que tudo o que ele precisa está ao seu alcance.

É papel da liderança criar um ambiente desafiador, que traga para dentro da empresa uma cultura empreendedora e voltada para as necessidades do futuro, muitas das quais nem sequer foram criadas ainda. Quem sabe amanhã? As ferramentas disponíveis para os gestores são muitas. Elas vão ajudar a medir e acompanhar. Mas apenas um bom líder, aberto ao novo, que estuda sempre e acredita em seu time, será capaz de desenvolver gente inovadora, criativa e produtiva, capaz de entregar resultados superiores.

Breno Riether é diretor nacional de vendas na Sankhya

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