Estamos vivendo uma era na tecnologia, que podemos chamar de 4ª Revolução Industrial ou a Revolução da Indústria 4.0. E depois de ter passado por outras três grandes revoluções, podemos dizer que essa está sendo a mais transformadora de todas. E não pelo que ela está fazendo com as relações humanas e de trabalho, pois as outras também trouxeram grandes mudanças para a sociedade, mas pela velocidade e pelo impacto que ela está causando.
Essa revolução está criando um mercado novo, disruptivo, algo inimaginável há 5 ou 10 anos. Mas o que é mais disruptivo dessa nova era é a rapidez com que as novas tecnologias estão sendo desenvolvidas e estão chegando às prateleiras, e o quanto elas estão exigindo que cada vez mais as empresas e os profissionais acompanhem esse processo. E o principal desafio é justamente se manter atualizado e com a mesma velocidade.
E quando o assunto é inovação, ainda há um longo caminho a percorrer. No ranking mundial de inovação elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), deste ano, o Brasil aparece na 64ª posição. E apesar de ter saltado cinco posições, depois de 2 anos estagnado, o país, que tem o 8º maior PIB – Produto Interno Bruto – do mundo, e é a maior potência econômica da América Latina e Caribe, ainda está atrás dos vizinhos Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56ª).
Mas o que pode parecer um atraso, pode ser também uma oportunidade. Até porque, nós do mercado de tecnologia e fornecedores de soluções e inovação, estamos percebendo é que a TI finalmente deixou de ser uma preocupação somente do CIO e passou a ser parte estratégica das corporações. Além disso, a necessidade da transformação digital vem impulsionando cada vez mais os investimentos em TIC. Segundo estimativa do Gartner, os investimentos em tecnologia previstos para esse ano são 4,5% maiores do que no ano anterior. O montante deve chegar em US$ 3,7 trilhões. A dúvida que fica é no que investir? Qual é a próxima onda?
A aposta, depois da migração para a nuvem, é que tecnologias como Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Analytics impulsionem esse crescimento. O estudo do Gartner, mostra que somente IA deve gerar US$ 2,9 trilhões em investimentos até 2021. O segmento de software também tem grande destaque para nos futuros aportes. Isso porque as empresas devem apostar cada vez mais no modelo de SaaS (Software as a Service), que deve receber o montante de US$ 389 bilhões, o que representa 9,5% dos investimentos previstos.
E a razão dessa tendência é simples. As tecnologias que têm foco na experiência dos usuários são as que mais devem ter espaço nas futuras inovações. Além disso, o IoT aliado ao Analytics, são capazes de fazer análises preditivas, e isso pode ajudar a desenvolver produtos mais assertivos, reduzir custos e etc., portanto, se é isso que prometem serem as novas ondas do futuro, cabe a nós, fornecedores de tecnologia, buscarmos pelas melhores soluções e entendermos que muitas vezes os principais desafios, também podem ser grandes oportunidades. E para quem ainda não se deu conta da necessidade de mudar a rota, de investir em novas tecnologias e apostar na inovação, ainda é tempo!
*André Frederico é Diretor Executivo e Head de Cloud da TIVIT
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo