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Bits e bytes – o ativo mais valioso do mundo

Não é recente a adoção da inteligência analítica pela sociedade contemporânea. Nós a vemos em todos os segmentos, funcionando como uma conexão entre pessoas não especializadas em artefatos tecnológicos e as tecnologias digitais. Ela está no core de multinacionais como Google e Amazon ou oferece insights aos mais diversos departamentos, como o Marketing e Financeiro.

A capacidade de converter os dados diretamente em inovação, na forma e no tempo que o mercado exige, determinará quem irá se destacar ou ficar fora desse cenário de transformação tecnológica. Mais do que nunca, as empresas precisam adaptar-se à era da economia digital, na qual o volume de dados continua a crescer exponencialmente e, entre eles, os mais qualificados se tornaram cruciais à competitividade dos negócios.

O Big Data surge nos últimos anos como uma ferramenta de aprimoramento do poder competitivo das empresas, além de ser parte fundamental dos sistemas de BI (Business Intelligence).  No entanto, vemos um movimento cada vez mais crescente do mercado se distanciar do já “corriqueiro” Big Data, para investir seu interesse em tendências tecnológicas mais novas, como machine learning e inteligência artificial (IA).

O que pouco se discute, entretanto, é o fato de que as empresas estavam extremamente despreparadas e não equipadas para aproveitar ao máximo o Big Data, quando esse iniciou sua trajetória no mundo empresarial. Vemos o mesmo acontecer hoje, especialmente quando nos referimos diretamente à América Latina, com as novas tecnologias de Data Science, Machine Learning e IA.

Dito isso, acredito que antes de embarcarmos no bonde da ficção científica, vale a análise primordial do quanto sua empresa está pronta para dar o passo “básico” – o Big Data.

O termo Big Data é amplo, mas em termos gerais, se refere a um grande conjunto de dados estruturados ou não estruturados, gerados por empresas, pessoas e aparelhos. Segundo a Frost & Sullivan o tráfego global de dados irá ultrapassar 100 Zettabytes anualmente até 2025 e o mercado global de Big Data irá gerar uma receita de 122 bilhões de dólares até 2025.

Entretanto, mesmo com esse volume astronômico, muitos executivos só procuram por tecnologias de Big Data quando sê veem confrontados com a necessidade urgente de atender uma ameaça ou identificar uma oportunidade de mirar em um nicho específico de mercado. Porém, implementar de forma imatura soluções de Big Data é um erro e, na realidade, a estratégia de uso deverá estar no cerne da empresa.

Para isso, é preciso planejamento dos executivos para decidir como os recursos analíticos trarão valor. Ao tratarmos do assunto, devermos levar em consideração os seguintes tópicos:

Não se resume a quantidade: a geração de valor do Big Data não pode ser resumida apenas a quantidade de dados armazenados, mas sim ao que a empresa faz com eles. Ou seja, o processamento e análise correta desses dados, para obter as respostas que permitam que você reduza tempo, custo e chegue ao objetivo de negócios.

Encontrar valor no dado não estruturado: não é tarefa simples encontrar o valor dos dados, principalmente os chamados “não estruturados”, como imagens digitais, áudios, vídeos, documentos, conteúdo web, entre outros. Esses podem se transformar em informações valiosas e trazer à tona registros, históricos ou mesmo backups de transações financeiras de uma organização, por exemplo, ou diagnósticos através de imagens na área da saúde. De qualquer forma, os dados não estruturados também são recursos críticos aos negócios e devem ser considerados por meio de plataformas de armazenamento.

Armazenamento: o atual ambiente de negócios requer um sistema de storage que permita às organizações extraírem novas informações dos dados (sejam eles estruturados ou não) com agilidade, a fim de serem mais assertivas na tomada de decisão. Logo, em vez de analisar os dados de vez em quando ou raramente, é necessária uma plataforma que possa fazer isso em tempo real. Sem uma infraestrutura que suporte as análises de missão crítica em velocidade real, as organizações perdem oportunidade de ganhar dinheiro. Adotar a tecnologia totalmente flash pode agregar valor no uso de cargas de trabalho complexas e exigentes em termos de desempenho. Essa tecnologia possibilita integrar futuras plataformas de maneira orgânica, como o NVM Express (NVMe), um protocolo de comunicação que substitui rapidamente a interface Serial Attached SCSI (SAS) em dispositivos para consumidores finais.

Empresa movida por dados: Finalmente, entendendo o cenário acima, compreender que ter uma empresa orientada por dados requer uma base para a tomada de decisões em todos os níveis, passando até pela colaboração entre pessoas e máquinas. Isso exige que essas máquinas sejam preparadas para coletar dados e agir com certa autonomia e inteligência, e pessoas sejam capacitadas o bastante para analisar os dados e extrair as informações relevantes aos negócios da companhia.

Ou seja, tendo em mãos as ferramentas certas, habilidades e cultura necessárias para administrar uma organização baseada na análise de dados, ela estará pronta para alcançar o Big Data. Somente a partir desse ponto, é possível seguir com outras tendências tecnológicas mais modernas e completares e, quem sabe, com o volume armazenado de dados valiosos, descobrir porque “zeros e uns” possuem a resposta para tudo.

*Wilson Grava é vice-presidente da Pure Storage para América Latina

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