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Logística no Brasil: como ser estratégico com as particularidades do país

Logística no Brasil: como ser estratégico com as particularidades do país

Por Diogo Louro*
Independentemente do setor ou do tamanho do negócio, uma área que pode ser considerada a principal preocupação dos empresários brasileiros é a logística. Responsável pela circulação de produtos no território nacional, este conceito faz com que a grande maioria das corporações enfrente diariamente uma série de particularidades e desafios para que consiga, de fato, crescer. Para isso, a tecnologia é um auxílio poderoso nesta busca pela automatização e eficiência.
Os custos logísticos são componentes bastante significativos nas despesas operacionais das empresas brasileiras. Pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral indica que os gastos com transporte e armazenagem correspondem a 12,37% do faturamento bruto anual das corporações – um crescimento de 7,4% nos últimos três anos. Assim, uma boa gestão nessa área é vital para a garantia dos resultados das organizações.
Para isso, é preciso vencer duas características bem desafiadoras do Brasil. A primeira delas remete às dificuldades de transporte. O Brasil é uma nação com dimensões continentais (8,5 milhões de quilômetros quadrados, quase o tamanho de todo o continente europeu) e, se não bastasse, ainda possui uma grande dependência do modal rodoviário com infraestrutura pouco desenvolvida fora dos grandes centros. Além disso, há a questão tributária, com uma série de exigências fiscais e legais que tornam ainda mais complexos os desafios nesta área.
Reverter essas particularidades não é fácil porque não existe um cenário único ideal. As soluções dependem de cada segmento de atuação e do porte das empresas envolvidas. Contudo, algumas dicas são importantes. O primeiro passo para ter uma logística mais eficiente e menos dispendiosa, por exemplo, é garantir a visibilidade das operações e dos processos. Assim, os profissionais conseguem identificar os pontos fracos e executar planos estruturados para melhorar essa questão, otimizando e aumentando a eficiência.
As empresas e os gestores precisam compreender que o setor está no momento de uma mudança significativa na forma como as operações são geridas. O uso da tecnologia como ferramenta de gestão e a busca constante pela inovação devem guiar todos os objetivos. Um bom começo é identificar parceiros especializados no assunto que podem ajudar nesta migração e na adoção de novos recursos. A visibilidade necessária para melhorar a eficiência depende diretamente da utilização da tecnologia.
Portanto, o posicionamento de uma organização em nível competitivo a médio e longo prazo demanda uma otimização constante das operações e processos. O mercado brasileiro já percebeu a necessidade de inovação e tecnologia e certamente intensificará mais essa procura nos próximos anos. Aos poucos, as empresas do Brasil conseguem deixar para trás todas as particularidades e desafios e começarão a apresentar, finalmente, uma evolução significativa na maturidade da gestão logística.
*Diogo Louro é sócio-diretor da Nimbi, especialista em tecnologia para a cadeia de suprimentos. http://www.nimbi.com.br/

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