Por Fábio Xavier, Diretor de Suporte e TI na Linx
Não é novidade que o varejo está passando por uma das maiores mudanças de sua história: a transformação digital. Consumidores mais exigentes, grande concorrência entre os players e a constante busca pela melhor experiência do cliente fazem com que empresas de todos os segmentos se reinventem, apostando em formas alternativas de contato com o público.
Um novo conceito de varejo traz consigo novos desafios, principalmente no que diz respeito à esfera fiscal. Com toda essa transformação, os varejistas e todas as empresas do setor precisam investir no acompanhamento das normas que regulamentam a emissão de documentos fiscais digitais no Brasil. A mudança é constante e de janeiro de 2018 até o momento, diversas normas técnicas foram e continuam sendo publicadas contendo informações importantes que evidenciam claramente a complexidade do tema.
A mais recente delas foi uma nota técnica que alterou o layout da versão 4.0 da nota fiscal eletrônica, com prazos de homologação e entrada em produção em pouco mais de um mês. Na sequência, outra alteração enviada em caráter informativo do Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT), postergou as alterações da versão 4.0 publicadas anteriormente e desativou temporariamente algumas rejeições, que tratavam dos campos de Fundo de Combate à Pobreza.
Tudo isso exige grande esforço, visto que a versão anterior (3.10) da NF-e passa a não ser mais autorizada pelas SEFAZ de cada UF a partir de 02/08, iniciando a maratona de adaptação a versão 4.0 que engloba todas as operações de compra, venda e trânsito de produtos, com o objetivo de documentar e controlar, de forma mais ágil e automatizada, as transações comerciais entre pessoas jurídicas. Desde sua criação, a proposta da nota fiscal eletrônica é que todos os dados sejam disponibilizados pela internet, para consulta tanto por parte do empresário quanto pelas Secretárias da Fazenda Estaduais.
Para as empresas de software, o trabalho não é dos mais fáceis. Os fornecedores de tecnologia dependem, mais do que nunca, do protagonismo dos times de Pesquisa & Desenvolvimento, para lidar com a troca das versões e do time de Conformidade Fiscal, para o acompanhamento e interpretação constantes das normas legais, claro, apoiar os clientes no que for preciso. Para os varejistas, as diversas publicações legislativas e todas essas mudanças exigem tempo e dinheiro, por isso, ter o suporte de uma fornecedora de tecnologia capacitada é essencial para oferecer uma boa experiência para os consumidores.
Independentemente das circunstâncias, a evolução da nota fiscal eletrônica veio para ficar. No começo, o varejo terá de lidar com as mudanças de cabeça aberta e, apesar de todas as exigências e custos envolvidos, os lojistas deverão se adaptar o mais rápido possível para continuar alavancando os resultados de seus negócios.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo