A cloud computing está entre os recursos mais críticos do planeta. A conclusão é de um estudo da Vertiv que equipara a importância da computação em nuvem a insumos essenciais à vida e à sociedade, como água e energia.
O critério de definição da criticidade levado em conta no relatório é o impacto que períodos de inatividade de cada segmento avaliado podem causar. E, segundo a pesquisa, os serviços em cloud são tão relevantes para o funcionamento do cenário sócio-econômico atual que sua inoperância pode ter consequências indesejáveis em todas as verticais da indústria e por todo o mundo.
“São termos fortes. E reais: atualmente, uma fatia considerável dos serviços de informação, comunicação, financeiros, e sistemas que fazem rodar operações das mais diversas verticais (saúde, transportes, manufatura, governo, entre outras) utiliza armazenamento em nuvem”, afirma Artur Hansen, diretor de Expansão da Cloud2Go, empresa especializada em cloud computing.
O especialista cita, ainda, um levantamento do IDC que mostra que dois terços das empresas globais já utiliza cloud computing e que tais serviços deverão movimentar receitas de US$ 43,6 bilhões até 2020.
Já o Gartner aponta que o mercado de Infraestrutura como Serviço (IaaS, baseado em cloud computing) superará US$ 22 bilhões ainda em 2017, um crescimento de 38% sobre o ano passado.
Para aproximar, Hansen propõe uma análise somente da América Latina e Brasil: na primeira, o IDC avalia que 80% das empresas já adotam recursos em nuvem; e, no segundo, o mercado é ainda mais aguçado, posicionando o país como o oitavo no ranking da Asia Cloud Computing Association (ACCA) entre as nações que oferecem melhores condições para a oferta de computação em nuvem, atrás somente de Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Alemanha, Reino Unido, Austrália Japão e Estados Unidos.
“Ou seja, não é só o aumento da eficiência, produtividade, valorização de investimento no core business e redução de custos com infraestrutura de TI que a computação em nuvem pode trazer. É, literalmente, vida para o negócio e para a comunidade que o cerca”, avalia o diretor. “Imagine 80% das empresas da América Latina parar. Ou dois terços das empresas de todo o mundo. Impensável. Caos, na certa”, complementa.
Assim, a equiparação entre cloud computing, água, energia e serviços essenciais ao bom funcionamento do planeta, tais como os da área de finanças, saúde e segurança, é uma proposição muito válida do relatório da Vertiv. Uma proposição com a qual os fatos nos obrigam a concordar.
E após admitir tal criticidade, Hansen indica que o próximo e fundamental passo é evoluir para o desenho de estratégias que adequem negócios ainda não propensos à tecnologia em nuvem para adoção deste modelo que se apresenta como futuro inevitável, mas também como presente em ascensão avassaladora.
A cloud computing isenta as empresas de investimentos em infraestrutura física local de TI, reduzindo a necessidade de espaço físico, recursos de iluminação e refrigeração, bem como de serviços de gestão do ambiente. Só por conta disso, já minimiza inestimáveis somas em moeda, metros quadrados, eletricidade, água e recursos humanos.
Mais destacável ainda do que o conceito econômico e sustentável do tema é a questão da eficiência. Na computação em nuvem, hubs especializados fornecem e gerem a infraestrutura exatamente necessária para rodar cada operação, evitando que empresas ou setores parem por falta de recursos, espaço, capacidade, gerenciamento etc.
Logo, o especialista analisa que, ao mesmo tempo em que a inoperância dos fornecedores de computação em nuvem é crítica para o funcionamento do planeta, sua operação é também essencial para o mesmo fim. Atualmente, todos os estudos apresentados nos levam a verificar que, para o andamento da sociedade global, ficar sem cloud é equivalente a ficar sem eletricidade ou sem petróleo.
“Embora o conceito em nuvem pareça distanciar este tipo de tecnologia do cotidiano empresarial e social, esta é somente uma percepção gerada pelo termo, pois os recursos “as a service” crescem vertiginosamente e atingem da raiz ao cerne de operações vitais para todas as indústrias. Cloud computing tornou-se insumo básico, recurso essencial à sobrevivência dos negócios”, finaliza Hansen.
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