*Por Angela Gheller Telles
Robôs colaborativos, sistemas, inteligência artificial, nuvem, automação. Se você é uma pequena ou média indústria e não se reconheceu nesses termos, vem comigo, que vou te mostrar como tudo isso é, sim, para você! E mesmo que o seu parque de máquinas seja mais antigo, este não será um impeditivo para você vivenciar os benefícios da Manufatura Avançada.
Falando dos equipamentos que já estão na sua planta, a ideia não é jogar tudo fora e começar do zero, há diversas alternativas para modernizá-los usando apenas sensores e softwares. Com o conceito de smart retrofit, conseguimos melhorar a performance das máquinas antigas e, ainda, evoluir a sua função operacional, fazendo com que elas passem a gerar dados – a cereja da Indústria 4.0!
O próximo passo é adicionar uma camada de controle ao chão de fábrica, com um sistema de Manufacturing Execution System, o famoso MES. Ele vai garantir o monitoramento online da produção e coleta de informações do chão de fábrica, transformando-as em algo útil e preditivo para a produção (além de eliminar quaisquer anotações em pranchetas/ papel, o que é totalmente inadequado). Parece difícil? Mas e se isso estiver ao seu alcance, assim como a assinatura de Netflix na sua casa? Pois é, já é possível colocar um software especializado na sua empresa por meio de uma mensalidade. Ficou mais fácil e acessível do que pensava, não é?
A palavra-chave para a manufatura é produtividade. Em um cenário em que a indústria consolidou um canal direto com os consumidores, os seus novos comportamentos e demandas por personalização e agilidade nas entregas também passaram a impactá-la diretamente. Dessa forma, potencializar a sua eficiência é o caminho para garantir a sobrevivência dos negócios – e, para ajudar a acelerar este processo, surge um novo personagem, o robô colaborativo.
Talvez, neste momento, você, de pequeno ou médio porte, diga – categoricamente – que isso não é viável para a sua empresa. Mas, calma. Vou explicar de que forma isso é possível e como eles podem transformar a sua operação.
O fenômeno da robotização é antigo nas indústrias, teve início nos anos 1950, nos Estados Unidos e, atualmente os robôs colaborativos tem ganho espaço significativos dentro da manufatura avançada. Deixaram de ser apenas ferramentas de automação para incorporarem novas tecnologias, otimizando processos, aumentando produtividade, ajudando na transição para customização em massa e eliminando riscos ligados a saúde dos operadores.
Mas como colocar isso em uma pequena indústria, pensando que uma máquina dessas custa algumas dezenas de milhares de reais? Aluguel! É isso mesmo – locação de robôs colaborativos. Você paga uma mensalidade, que é rapidamente revertida em maior lucratividade. Existem pesquisas que confirmam isso, como a do Boston Consulting Group (BCG), que diz que, até 2025, as novas gerações de robôs inteligentes irão permitir um aumento de 30% na produtividade global da indústria e uma redução de 16% nos custos totais.
Além disso, no último dia 14 de março, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), lançou um conjunto de medidas para auxiliar o setor produtivo, em especial para as pequenas e médias indústrias. As iniciativas preveem um amplo suporte aos empresários que pretendem iniciar ou dar continuidade à sua transformação digital, rumo à Indústria 4.0, entre elas financiamentos e investimentos de recursos públicos e privados.
A inteligência artificial vem para organizar todo este volume imenso de dados gerados por diferentes fontes (sensores de Internet das Coisas, softwares ou informações de mercado) e colocar uma análise poderosa em cima disso, capaz de prever cenários e dar insights para que o gestor tome decisões estratégicas e assertivas. Parece impossível? De novo, é como usar o Spotify – uma assinatura e esta plataforma de IA passa a atuar a favor dos seus negócios.
Sim – a Indústria 4.0 é para você! Tudo está disponível e acessível, não importa o tamanho da sua operação. Só é preciso começar, ou vai me dizer que ainda faz os seus controles em pranchetas de papel?
*Angela Gheller Telles é diretora dos segmentos de Manufatura e Logística da TOTVS
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