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Mercado Eletrônico aposta em Inteligência Artificial para área de compras

Companhia cria célula de IA e busca canais para expandir capilaridade em oferta de soluções para compras 4.0
Mercado Eletrônico aposta em Inteligência Artificial para área de compras

Plataformas digitais B2B já são realidade no mercado brasileiro. Desde 2010, a modalidade B2B cresce a taxas de 20% ao ano, superior ao crescimento do B2C. Pesquisa da Forrester Research estima que 30% das compras corporativas já são feitas em plataformas digitais e a previsão é que em três anos esse número aumente para 56%. Em 2020, o instituto projeta que o e-commerce B2B chegue a US$ 1.1 trilhão, enquanto o setor B2C deve valer US$ 480 bilhões. Brasil, Argentina e México têm projeções de crescer 135%, saltando o valor de receita atual de US$ 20 bilhões para US$ 47 bilhões.

“O profissional de compras passa a ter um perfil de negociador estratégico. Antes, a área de compras não tinha tanta importância como tem hoje nas corporações”, Klyvian Flores

É nesse cenário que o Mercado Eletrônico, empresa especializada em soluções de marketplace eletrônico e e-procurement, traçou uma estratégia de crescimento para a região. A aposta é no novo perfil do profissional de compras. “Ele passa a ter um perfil de negociador estratégico. Antes, a área de compras não tinha tanta importância como tem hoje nas corporações”, explica Klyvian Flores, gerente de marketing do Mercado Eletrônico.

Na era de Compras 4.0, a inteligência artificial é uma premissa primordial e atua para expandir as capacidades humanas. Por isso, a companhia investiu na tecnologia para colaborar com a atualização dos procedimentos tradicionais das empresas. O uso de big data, analytics, machine learning, business intelligence e cloud computing em suas soluções permitem processar um número muito maior de dados em um tempo muito menor. “Nossas soluções reduzem em até 60 horas/mês o tempo do comprador”, pontua a executiva.

Para aproveitar a demanda em ascensão, além de capilaridade via canais, a companhia aposta em metodologia Ágil e Design Thinking e na contratação de Denise Oliveira, como gerente de canais para acelerar o desenvolvimento de produtos e serviços com foco na experiência do usuário. Outro investimento foi a promoção de Marcelo Beccari, promovido a CTO em janeiro deste ano. Beccari entrou na empresa como desenvolvedor, em 2005 e, desde então,  esteve nas posições de liderança para projetos com Portugal e do time de Pesquisa & Desenvolvimento.

Para inteligência artificial, a empresa criou uma célula específica com o objetivo de promover e evoluir a tecnologia através de ofertas cruzadas com fornecedores e clientes. “No futuro, pretendemos criar soluções satélites ao processo de compras, como gestão de contratos, gestão de risco de fornecedores”, explica Paulo Rosanova, diretor de canais de alianças do Mercado Eletrônico.

A meta é, assim como o mercado que atua, ter alto índice de crescimento. “A aposta é triplicar o faturamento todo o ano”, explica Rosanova. Para isso, capilaridade é um dos objetivos. O executivo explica que busca parceiros com empresas estruturadas e perfil técnico para a oferta de soluções no modelo SaaS (Software as a Service) principalmente nas regiões Norte, Nordeste e em Brasília.

Para apoio na estratégia, Rosanova contratou Denise Oliveira, ex-HP, que se juntou ao time em janeiro de 2018. A ideia é ter 40 canais até o final deste ano. Por enquanto, a empresa possui 30 ativos. “Estudamos remodelar o programa de canal com novos comissionamentos ainda neste ano”, afirma o executivo.

A metodologia de Design Thinking tem como propósito aproximar cada vez mais do cliente. No Mercado Eletrônico, a metodologia é usada em conjunto com clientes que participam no desenho das soluções. A empresa pretende criar um ME Lab para, com esse processo de co-criação, evoluir seus produtos para o mercado. Com clientes como Nestlé, Toyota, Magazine Luiza e Cinemark. na carteira, o Mercado Eletrônico possui 1 milhão de fornecedores, R$ 80 bilhões transacionados anualmente e mais de 8 mil usuários compradores.

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