Pesquisa do Gartner revela que atualmente os Chief Data Officers (CDOs) possuem as posições mais difíceis na mesa executiva. Dentro desse papel desafiador, eles destravam a inovação orientada por dados, assim como integram dados diferentes e capacidades analíticas em uma disciplina estratégica, em um ritmo constante de entregas e com projetos vantajosos para ambas as partes. Um CDO bem-sucedido exige as habilidades de um experiente executor de alta performance, que é, consistentemente, estável e ágil.
“Antigamente, os CDOs eram focados em governança de dados, qualidade de dados e fatores regulatórios. Mas, os líderes de Data e Analytics atuais estão se tornando agentes impactantes de mudança e líderes na transformação orientada por dados”, diz Valerie Logan, Diretora de Pesquisa do Gartner. “Até 2021, 75% das grandes empresas terão o cargo de CDO como uma função de missão crítica comparável à TI, operações de negócios, RH e finanças”, afirma.
Como o papel do CDO continua ganhando relevância. A terceira edição do levantamento anual de Chief Data Officer do Gartner revela que CDOs são elementos-chave da transformação de negócios digitais. Pela primeira vez, mais da metade dos CDOs agora reportam diretamente a um líder de negócios superior e suas áreas têm um orçamento de US$ 8 milhões em 2017 – um aumento de 23% em relação aos US$ 6,5 milhões apresentados na pesquisa de 2016. Como já esperado, orçamentos estão maiores para organizações grandes – 25% das empresas com mais de US$ 3 bilhões de receita possuem orçamentos superiores a US$ 30 milhões.
Como maior evidência da natureza transformadora do Chief Data Officer, o Gartner prevê que até 2021, o papel do CDO será o de maior diversidade de gênero entre todas as posições executivas de C-Level da área de tecnologia.
Dos entrevistados da pesquisa que informaram seu sexo, 19% são mulheres, e essa proporção é ainda maior dentro de grandes organizações – 25% nas empresas com receita mundial de mais de US$ 1 bilhão. CDOs também formam uma equipe jovem, com 20% dos pesquisados indicando que têm 40 anos ou menos.
Mais de um terço dos entrevistados no estudo do Gartner mencionam aumento de receita como uma das três medidas principais de sucesso, ilustrando uma mudança na preferência para criação de valor sobre redução de riscos. O levantamento também analisa como CDOs investem seu tempo e mostra que, em média, 45% do tempo dos CDOs é destinado à criação de valor e/ou geração de receita, 28% para economia de custos e eficiência, e 27% para redução de riscos.
“Isso sinaliza uma mudança marcante para CDOs e suas organizações, com o aumento de reconhecimento de que o valor da função de CDO está principalmente no apoio de atividades que geram receita”, diz Logan. “Claro que o apoio de CDO para economia de gastos e mitigação de riscos continuará a ser de grande importância, baseado nos principais impulsionadores de crescimento”, afirma a Diretora de Pesquisas do Gartner.
Mais que governança de dados
Em 2017, o papel do CDO foi além dos dados. De acordo com pesquisa do Gartner, as responsabilidades agora incluem gerenciamento de dados, Analytics, ciência de dados, ética e transformação digital. 80% dos entrevistados classificam “definir estratégia de Data e Analytics para a organização” como sua principal responsabilidade, registrando um aumento em relação aos 64% indicados em 2016.
Isso reflete a necessidade de criar ou modernizar estratégias de Data e Analytics dentro de uma dependência crescente sobre dados e insights em um novo contexto de negócios digitais. 71% dos entrevistados afirmam que atuam como líderes de referência em modelos digitais emergentes, ajudando na criação de uma visão de negócios digitais para as empresas.
Um percentual maior do que o esperado dos entrevistados (36%) também relata responsabilidade pela geração de lucros (P&L), refletindo a importância de crescimento e natureza disseminada de Data e Analytics em todas as organizações, assim como a maturidade do papel e da função de CDO.
A gama de desafios internos que CDOs enfrentam é evidente em todas as observações do levantamento. O principal entrave interno para o sucesso do CDO é a “cultura para aceitar mudança” – um dos três principais desafios para 40% dos entrevistados em 2017. Um novo entrave, “baixa formação em dados”, surge como o segundo maior desafio (35%), sugerindo que a principal prioridade do CDO será garantir convergência de linguagem compartilhada e fluência de dados, Analytics e resultados de negócios por meio de uma ampla gama de papeis organizacionais.
“Com a disseminação de Data e Analytics para todos os aspectos de negócios, de comunidades e até mesmo em nossas vidas pessoais, existe uma maior necessidade de se comunicar nessa linguagem, com a alfabetização em dados”, explica Valerie.
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