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Padrão de TV digital do Brasil é referência para América do Sul

Especialistas do Fórum SBTVD seguem ao Equador para auxiliar na estruturação do ISDB-TB
Padrão de TV digital do Brasil é referência para América do Sul

O padrão de TV digital do Brasil vem se consolidando cada vez mais como referência na América Latina. Depois de países como Peru, Chile, Venezuela, Paraguai e Uruguai terem optado por este formato, agora chegou a vez do Equador iniciar o desligamento e adotar inteiramente a tecnologia. A previsão é de que o novo modelo entre em vigor a partir do segundo semestre de 2018.

Entre os países sul-americanos, apenas Suriname e Colômbia não optaram pelo padrão brasileiro

E não é apenas a TV brasileira que tem grande participação nesse processo, já que profissionais daqui também contribuíram com a mudança. Ao longo de quase uma semana, dois especialistas indicados pelo Fórum SBTVD (Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre) acompanhados do representante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, William Ivo Zambelli, estiveram no País para ministrar cursos à equipe equatoriana no último mês. Dentre os principais temas, foram abordadas questões relacionadas à transmissão do sinal de TV digital aberta, codificação, modulação e multiplexação.

Entre os países sul-americanos, apenas Suriname e Colômbia não optaram pelo padrão brasileiro. “Para o Brasil é muito importante que outros países adotem o nosso padrão de TV digital, principalmente aqueles com que possuímos laços comerciais e culturais, pois isso gera mais oportunidades de negócios”, enfatiza o presidente do Fórum SBTVD, José Marcelo Amaral.

O padrão digital do Brasil foi adaptado do sistema japonês (ISDB-T), plenamente utilizado desde 2002. Os aspectos que diferenciam um modelo de outro estão, principalmente, relacionados à compressão. Enquanto no Japão a condensação do vídeo usa o padrão MPEG2, por aqui ela foi atualizada para MPEG4. A interatividade também é um ponto de divergência entre os dois modelos. Em terras japonesas, utiliza-se o BML; já aqui os televisores saem da fábrica com o Ginga, middleware desenvolvido para atender aos padrões brasileiros.

José Marcelo entende que o que leva os outros países a se interessarem pelo ISDB-TB (modelo brasileiro de TV digital) é a robustez do sinal, além da acessibilidade e interatividade. “Diferente de outros padrões”, acrescenta o executivo, “o ISDB-TB possibilita também a transmissão de sinal de TV para dispositivos móveis, como celulares, tablets, entre outros”. Ao todo, 18 países já optaram pelo modelo brasileiro de TV digital.

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