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Gartner: 3 áreas-chaves para os direitos de propriedade da informação

Pesquisas afirmam que a propriedade, a soberania e os direitos de dados devem ser foco para organizações em 2018
Gartner: 3 áreas-chaves para os direitos de propriedade da informação

Data & Analytics tornaram-se competências essenciais e diferenciais competitivos para organizações. Pesquisas afirmam que a propriedade, a soberania e os direitos de dados devem ser foco para organizações em 2018. “Seja em TI ou nas áreas de negócios, tudo se trata de dados. Eles são os principais ativos”, afirmou Donald Feinberg, vice-presidente e analista emérito do Gartner, durante o Gartner Symposium/ITxpo 2017, realizado em São Paulo.

“Ser responsável pelos dados que você tem acesso é mais amplo do que apenas abordar questões de privacidade”, Mario Faria

“Em busca de vantagem competitiva, a inovação agressiva às vezes leva a consequências indesejadas. As empresas podem usar as informações de forma acidental ou intencional e isso pode envolver uma violação da privacidade, levando a uma contração do consumidor, danos à marca ou ações legais”, afirma Mario Faria, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner.

“As organizações devem estar conscientes das limitações no uso de informações e colocar a boa governança de informação em vigor. A governança da informação está se movendo de função de controle para limitar o acesso aos dados a uma forma de priorização para maximizar o valor dos ativos da informação”, completa Faria.

O aumento contínuo na expansão de ativos de informações para Analytics, inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) traz uma necessidade cada vez maior de aumentar a flexibilidade para acessar e mover dados. As organizações estão construindo ecossistemas de ativos de informação. Com mais pontos de entrada e saída e as novas oportunidades desses ecossistemas, aumenta a complexidade para organizações de todos os tamanhos.

“Ser responsável pelos dados que você tem acesso é mais amplo do que apenas abordar questões de privacidade”, afirma Faria. Em um campo emergente com tantas possibilidades e onde os limites da tecnologia têm mudado de forma tão dramática, as consequências do uso nem sempre podem ser previstas. Mais do que orientação e regras, é necessário um debate sobre ética e o que é certo e errado.

Veja três áreas-chave para as organizações concentrarem-se na correta gestão de informações, segundo o Gartner:

 

  1. Propriedade dos Dados — Conceito baseado em propriedade que indica a posse e/ou o controle. Isso não implica necessariamente em exclusividade. Os carros conectados, por exemplo, agora incluem sensores que produzem grandes quantidades de dados, o que permite aos usuários ouvir a “voz da máquina”. Esses dados têm valores que diferem, dada a perspectiva das partes envolvidas com a fabricação, propriedade, manutenção e operação do equipamento. “Uma questão-chave emergente relacionada ao valor da parte interessada é “Quem possui esses dados?” Proprietários de carros? Motoristas de carros? Provedores de manutenção de carros? Fabricantes de carros? Quem tem direito para acessar os dados ou o poder de negar o acesso a outros? Os líderes de Data & Analytics são repentinamente obrigados a considerar os direitos relacionados a máquinas e equipamentos em suas atividades cotidianas”, afirma Faria.

 

  1. Soberania de Dados — As informações podem estar sujeitas às leis de proteção de dados de outro país. Por exemplo, quando o Regulamento Geral Europeu de Proteção de Dados (GDPR) entrar em vigor em 25 de maio de 2018, seu impacto se estenderá além das fronteiras da União Europeia (UE). Será aplicável a todas as empresas que processam e armazenem os dados pessoais dos residentes da UE, independentemente da localização da empresa. À medida que as organizações analisam o processamento de dados regulados pelo GDPR, os líderes de Data & Analytics precisarão trabalhar em estreita colaboração com o DPO (Data Protection Officer), incluindo na adaptação e acordos relacionados à coleta, uso e compartilhamento de dados pessoais.

 

  1. Direitos de Dados — O direito de obter, acessar, usar e/ou compartilhar informações. Os direitos podem ser ilimitados ou limitados. Os direitos são dinâmicos, contextuais e sujeitos a interesses em conflito. Enquanto um consumidor pode ter o direito de limitar um revendedor de compartilhar seus dados pessoais, esses direitos dos consumidores podem ser superados pelo direito do governo de acessar seus dados. Por exemplo, uma empresa de telecomunicações pode ter obtido um direito de contrato exclusivo para usar certas informações para seus propósitos internos, no entanto, essa exclusividade pode ser diluída por um direito governamental de acessar informações do negócio de telecomunicações ou do seu parceiro contratado que forneceu a informação. O Gartner prevê que, até 2020, 50% das organizações rejeitarão soluções de novos fornecedores que inibam contratualmente a capacidade de extrair seus próprios dados.

 

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