A cada 14,5 segundos acontece uma tentativa de fraude e o segmento de telefonia é o principal alvo, tendo os dados dos usuários como principal atrativo. Segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude, em agosto de 2017, o Brasil registrou 184.664 tentativas, um crescimento de 7,0% em relação a julho do mesmo ano, quando as tentativas atingiram 172.649. Foi a quarta alta mensal consecutiva observada no indicador. Em agosto, o índice registrou uma tentativa a cada 14,5 segundos, a menor frequência mensal desde outubro de 2014.
Na comparação de agosto com o mesmo período do ano passado foi observado um crescimento de 16,5% nas tentativas. No acumulado de janeiro a agosto deste ano já são cerca de 1,307 milhão de tentativas de fraudes, 9,8% maior que o mesmo período do ano passado (1,191 milhão).
O segmento de telefonia foi o mais afetado no acumulado do ano, sendo responsável por 38,4% do total, com 502.179 tentativas. Neste tipo de golpe, dados de consumidores são utilizados por criminosos para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo.
Caso a fraude no segmento de telefonia seja bem sucedida, funciona como uma “porta de entrada” para os fraudadores aplicarem golpes de maior valor em outros setores da economia. Os golpistas costumam comprar telefones para ganharem um comprovante de residência e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
No levantamento da Serasa Experian, o setor de Serviços vem em seguida no ranking de segmentos com mais tentativas de fraude identificadas de janeiro a agosto de 2017 (399.628), representando 30,6% do total. Em terceiro lugar está bancos e financeiras com 23,3% de participação e 304.734 tentativas. O quarto setor mais afetado pelas tentativas nos cinco primeiros meses do ano foi o Varejo, com 79.971 tentativas e participação de 6,1%. Os demais segmentos representaram 1,6% do total.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a volta dos consumidores para o mercado de crédito pode ter incentivado o fraudador a aplicar golpes, já que muitas vezes os mesmos consideram esses períodos de maior fluxo de pessoas como um ambiente propício. O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito tem apontado altas acumuladas consecutivas desde maio de 2017.
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