A massificação da Internet das Coisas deve gerar benefícios da ordem de US$ 200 bilhões por ano em 2025, valor correspondente hoje a 10% do PIB do Brasil. A conclusão é de um levantamento realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC) em parceria com o BNDES, preparado para fundamentar o Plano Nacional da IoT, lançado na abertura da Futurecom 2017.
Em desenvolvimento há três anos, o plano de ação para Internet das Coisas contou com uma grande participação popular, segundo o secretário de Política de Informática do MCTI, Maximiliano Martinhão. “O objetivo é alavancar o crescimento econômico por meio do uso intensivo da IoT”, pontua.
Segundo o secretário, que comparou o potencial e caráter disruptivo da IoT ao desenvolvimento do mercado de telecom no Brasil, foram desenhadas 76 ações oriundas da conclusão do estudo entre ações de fomento, formação de capital humano e melhoria em ambientes de negócios. Os focos principais do plano são cidades inteligentes, saúde, agronegócios e indústria.
O uso da tecnologia para o setor de agro já está bem adiantado. Para o diretor da área de planejamento e pesquisa do BNDES, Carlos da Costa, o Brasil é um dos primeiros países a desenvolver um plano de ação para IoT e o objetivo é ser exportador de IoT para agricultura tropical. O impacto previsto para a vertical de agro até 2025 é de até US$ 21 bilhões.
No curto prazo, o executivo do BNDES – que contou com uma equipe de 40 pessoas para a elaboração do plano, aposta no desenvolvimento massivo de Cidades Inteligentes. Costa avalia que o impacto até 2025 para smart cities será de até 27 bilhões. Saúde e indústria também devem gerar um mercado de até US$ 39 bi e US$ 45 bi, respectivamente.
Segundo Costa, a inspiração para o desenho do plano vem do banco público francês BPI, que tem uma grande vocação para estimular o empreendedorismo. “Nós do BNDES estamos comprometidos a implantar a celeridade da IoT no Brasil. Estamos mobilizados para apoiar e articular as amarras para isso”, destaca o executivo.
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