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A economia cessante ou do “abandono do emprego” está em vigor

*Sara Adams
A maioria de nós cresceu com o mantra, “nunca desista”. Ensinaram-nos a sermos persistentes e concluir tudo o que começamos. Durante anos, de certa forma, esse mantra foi praticado no local de trabalho – ou seja, os funcionários permaneceriam no mesmo emprego até a aposentadoria.
Do ponto de vista dos funcionários, trabalhar no mesmo emprego fazia sentido porque as empresas investiam fortemente neles, oferecendo um pacote atraente de benefícios, incluindo pensões, investimentos em seus familiares, bem como na atmosfera familiar. As empresas até tiveram seu próprio mantra que era “nossos funcionários são o nosso maior patrimônio”.

Hoje em dia, no entanto, as empresas têm a sorte se os funcionários continuarem nela por pouco mais de alguns anos. Assim, “bem-vindo à economia cessante (quitting economy) ou “da desistência ou do abandono de emprego”. Isso está relacionado ao funcionamento dos locais de trabalho, como as pessoas entendem seus empregos e como planejam as carreiras, que cada vez mais giram em torno da desistência e buscar por nova oportunidade.

Ao contrário do que diz a crença popular, os Millennials ou Geração Y não inventaram a economia cessante, de abandono ou desistência dos empregos. Em um recente estudo de Aeon, a economia cessante se remete ao início da década de 1990, quando duas mudanças radicais ocorreram no mercado.

Em primeiro lugar, a orientação profissional ou de carreira começou a mudar à medida que um movimento de neoliberalismo estava transformando a sociedade. Os funcionários foram informados de que eles deveriam pensar em si mesmos como seu próprio CEO e “se considerarem um negócio – um conjunto de habilidades, recursos, qualidades, experiências e relacionamentos a serem gerenciados e continuamente aprimorados”.

Essa mudança no aconselhamento profissional ocorreu ao mesmo tempo em que o valor de uma empresa foi redefinido, outra mudança radical que assistimos atualmente. Maximizaram-se os interesses de curto prazo dos acionistas e “os relatórios de ganhos trimestrais e os preços das ações se tornaram ainda mais importantes, como a única medida de sucesso. O tratamento das empresas com os funcionários mudou e a recíproca não foi verdadeira”.

Como resultado, a economia da “desistência de empregos” nasceu e a lealdade ao local de trabalho tornou-se uma coisa do passado.
Como uma grande empresa vem sobrevivendo mediante a esta economia cessante (quitting economy) de hoje? As empresas realmente só têm duas opções, e selecionar a opção certa, ou a mais adequada, para seguir deverá ser feita de maneira consciente, intencional e com o acompanhamento.

* Sara Adams é Gerente de Marketing da Polycom Inc.

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