Não bastasse o efeito em cascata produzido pelo malware Wannacrypt na última sexta-feira (12), especialistas anunciaram esta semana um novo ataque massivo associado ao vírus Adylkuzz, que já afetava milhares de computadores nesta quarta-feira (17). Nicolas Godier, especialista em segurança cibernética da Proofpoint ouvido pela AFP, disse que a nova praga virtual é mais discreta e pode ser “muito maior” que o WannaCry, embora as dimensões do problema ainda sejam desconhecidas.
O malware se aproveita da mesma brecha de vulnerabilidade do Windows utilizada pelo WannaCrypt e detectada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), depois vazada na internet e aproveitada pelos hackers. No entanto, ao invés de pedir de bloquear o dispositivo e pedir resgate, o Adylkuzz usa o processamento para “minerar” unidades de uma moeda virtual chamada Monero, parecida com o Bitcoin, e manda esses valores para endereços criptografados.
Aparelhos infectados apresentam performance mais lenta. Aparentemente o vírus não tem capacidade de roubar dados pessoais ou sequestrar arquivos. No entanto, a Proofpoint detectou computadores que pagaram o equivalente a milhares de dólares sem o conhecimento dos usuários. Segundo os especialistas, é o maior ataque do tipo já registrado.
* com agências internacionais
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