Advogados precisarão aprender a usar recursos digitais, como inteligência artificial, para serem mais eficientes e obter reconhecimento dos clientes – e também se não quiserem ficar obsoletos. Esta é a conclusão a que chegaram os participantes da 1ª Conferência de Governança da Informação para o Mercado Jurídico, realizado na última quinta-feira (11) em São Paulo.
“O cliente quer resolver seu problema legal, que impacta a atividade de negócios, mas busca eficiência, quantidade e qualidade com preço razoável. Como resolver?”, ponderou Patrick DiDomenico, keynote do evento e diretor de gestão do conhecimento do escritório americano Ogletree, Deakins, NSH, Smoak& Stewart, com sede em New York e filiais em 50 estados americanos. Para o executivo, ferramentas de gestão do conhecimento (knowledge management, ou KM) é necessário para integrar profissionais, fontes do conhecimento específico e, assim, reduzir tempo de elaboração de documentos.
Para a plateia formada por cerca de 170 advogados, DiDomenico explicou que escritórios que investem em tecnologia da informação e treinam equipes para lidar com o conhecimento conseguem atender o cliente com mais agilidade e resolutividade.
Já o CCO para as Américas da DHL, Mark Smolik, apresentou um caso de sucesso – redução do serviço jurídico de 348 escritórios de advocacia no mundo para apenas 19 em menos de dez anos. “Eu não conseguiria administrar mais de três centenas de escritórios com uma equipe interna de sete advogados, mas montei uma tabela simples com dez itens de desempenho e cruzei com o valor pago. Muitos escritórios entenderam que queríamos ter a melhor performance pelo custo mais justo”, explicou.
O resultado, segundo Smolik, foi que algumas firmas tiveram aumento de faturamento pela alta performance. “Meu conselho é que todos os escritórios de advocacia pensem como empresários, porque estão sendo constantemente avaliados e hoje há muitas firmas competitivas”, concluiu.
Segundo Smolik, algumas startups americanas têm desenvolvido softwares de métricas de desempenho para que as empresas tenham mais informações para a decisão de contratação, inclusive no Brasil. “Antigamente os advogados impunham o preço de seus honorários, hoje as empresas dispõem de orçamentos para solução legal. O que é melhor é poder pagar bônus por desempenho e ter um cliente impactado positivamente pela eficiência”, concluiu.
A DHL tem presença em 22 países e no Brasil o maior depósito – um armazém de 2 milhões de m².
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