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White Martins usa realidade virtual para mapeamento de plantas no Brasil

Adaptada à área industrial, tecnologia proporciona redução de tempo na tomada de decisões e custos de viagens, além de maior segurança operacional para unidades da companhia

A White Martins, empresa brasileira do segmento de gases industriais e hospitalares, desenvolveu um sistema de realidade virtual para mapeamento de suas plantas no Brasil. O equipamento permite a captura de imagens em 360º para que a área de Engenharia e Operações da companhia possa analisar remotamente suas unidades industriais. Nesta avaliação é possível verificar, com maior assertividade, potenciais intervenções para melhoria de performance e esclarecimento de dúvidas técnicas.

Tecnologia já foi aplicada para mapeamento das plantas de Ouro Branco (MG), Pecém (CE), Três Lagoas (MS) e Duque de Caxias (RJ)

A tecnologia – composta de uma câmera acoplada ao capacete de uma pessoa que se encontra no campo, óculos de VR (virtual reality, em inglês) e servidor para armazenamento de conteúdo – já foi aplicada para mapeamento de três plantas da companhia: Ouro Branco (MG), Pecém (CE) e Três Lagoas (MS), além de uma unidade de enchimento de cilindros em Duque de Caxias (RJ).

“Estamos trazendo esta aplicação – muito utilizada em outros setores, da medicina aos games – para a área industrial. Ela já promoveu uma série de benefícios para a área de engenharia de nossa empresa, com potencial de redução de 70% nos custos de viagem e de 50% no tempo de tomada de decisões. Além disso, permite que 60% de nossa equipe não precise estar em campo, porque podemos identificar oportunidades de ajustes e ganhos de desempenho remotamente”, analisa Marcela Silva, engenheira e líder de produtividade responsável pelo projeto na White Martins.

Inovação Industrial

O engenheiro da companhia faz uma visita, com prazo médio de dois dias, para fazer o mapeamento da planta. As imagens são capturadas por uma câmera no capacete de segurança do profissional da White Martins. A partir do download desses arquivos, é preparado um portal em HTML5 que permite a navegabilidade pelo ambiente da planta. “Organizamos mapas com toda a infraestrutura da unidade: vaporizadores, gasodutos, compressores, bombas, itens de refrigeração e sala elétrica”, comenta o engenheiro Reginardo Junior, um dos idealizadores do projeto na White Martins.

Após esta etapa, com os mapas já organizados por especialistas da companhia, equipes de engenheiros utilizam os óculos de realidade virtual para avaliações remotas em conjunto. “Implantamos este projeto há somente cinco meses e seus resultados já podem ser verificados em escala global. Em nossa intranet, disponibilizamos os detalhes do mapeamento para outras operações de nossa controladora Praxair em todo o mundo. Por exemplo, a geometria da estrutura de suporte dos vaporizadores da unidade de Ouro Branco já está sendo implementada no Canadá em virtude deste compartilhamento de expertise”, indica Reginardo.

Antes da aplicação desta tecnologia, era necessário deslocar um time de engenheiros (especialistas em elétrica, civil, tubulação, layout industrial, instrumentação e processos) por todo o País, pelo menos três vezes ao longo de cada projeto, para fazer inspeções e analisar itens como segurança, montagem eletromecânica e aceite da obra. “Isso tomava muito tempo de nossa equipe e gerava gastos com voos por todo o território nacional”, menciona Marcela.

O equipamento também tem sido aplicado para capacitar jovens engenheiros da empresa, logo no início de suas carreiras, em relação à infraestrutura de uma planta de produção e separação de gases. “Profissionais de outras áreas da companhia com função administrativa e que nunca estiveram em nossas fábricas passam a entender melhor nossa operação e ganham mais sinergia com nosso trabalho. Já temos mais de 800 acessos ao equipamento e mais de 9 mil cliques em nosso dashboard de mapas na intranet”, diz Reginardo.

Marcela ainda lembra que este sistema pode ser aplicado a novos clientes potenciais. “Mapeamos estas plantas, com devida autorização, e verificamos possibilidades de ampliar a produtividade. Os empregados da White Martins, que já testaram o sistema, ficaram mais engajados com o tema inovação. Nossa área tem sido mais procurada para desenvolver soluções com alto grau de complexidade por diferentes áreas de nossa empresa, bem como por nossos clientes”, conclui.

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