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Vendas de PCs no mundo continuam aquecidas

Segundo o Gartner, no terceiro trimestres foram comercializadas mais de 71 milhões de unidades, sem contar os Chromebooks, cujas vendas cresceram 90%
Vendas de PCs no mundo continuam aquecidas

computadores desktops em uma mesaLevantamento preliminar realizado pelo Gartner indica que as vendas mundiais de PCs totalizaram 71,4 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2020, um aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2019. A demanda do consumidor por PCs devido às necessidades de entretenimento doméstico e ensino a distância durante a pandemia, juntamente com o crescimento mais forte que o mercado de PCs dos Estados Unidos já viu em 10 anos, impulsionaram o mercado global.
“Este trimestre teve a maior demanda de consumo de PCs que vimos em cinco anos”, diz Mikako Kitagawa, diretor de pesquisa do Gartner. “O mercado não está mais sendo medido pelo número de PCs por domicílio, em vez disso, a dinâmica mudou para contabilizar um PC por pessoa”, observa o executivo. Segundo ele, embora as interrupções na cadeia de suprimentos de PCs ligadas à pandemia tenham sido resolvidas, no trimestre houve uma escassez de alguns componentes, como painéis, resultado dessa alta demanda do consumidor.

A Lenovo manteve sua posição de número 1 no mercado mundial de PCs, com as vendas no terceiro trimestre subindo para mais de 18 milhões de unidades pela primeira vez  

“O mercado de PCs empresariais teve uma dinâmica mais cautelosa neste trimestre. As empresas continuaram a comprar PCs para trabalho remoto, mas o foco mudou da aquisição urgente de dispositivos para a otimização de custos. No entanto, os gastos das empresas permaneceram fortes, com o financiamento do governo para ensino a distância e trabalho remoto alimentando as compras de equipamentos, como ocorreram nos EUA e no Japão”, afirma.
Embora o Gartner não inclua os Chromebooks em seus resultados de mercado de PC tradicionais, as vendas do produto cresceram aproximadamente 90% no terceiro trimestre de 2020, em comparação ao ano passado. Essa demanda foi impulsionada pelo ensino a distância devido à pandemia, especialmente no mercado de educação dos Estados Unidos. Incluindo os Chromebooks, o mercado mundial total de PCs cresceu cerca de 9% no período, com os Chromebooks representando 11% do mercado.
Os três principais fornecedores no mercado de PC tradicional permaneceram inalterados em relação ao trimestre anterior, embora a Lenovo tenha ampliado sua liderança sobre a HP. Fornecedores voltados para o consumidor, como Apple, Acer e Asus, viram um crescimento que ultrapassou o resto do mercado no terceiro trimestre de 2020 (ver tabela).

A Lenovo manteve sua posição de número 1 no mercado mundial de PCs, com as vendas no terceiro trimestre subindo para mais de 18 milhões de unidades pela primeira vez. Semelhante a outros fornecedores, a Lenovo experimentou um declínio na comercialização de desktops, mas a queda não foi tão acentuada quanto as experimentadas pela HP e Dell, já que a demanda de desktops da Lenovo foi sustentada por um sólido crescimento na China.
A HP viu um crescimento abaixo do mercado, pois as vendas de desktops diminuíram 30% ano após ano, resultando em um crescimento de apenas 0,7% no terceiro trimestre de 2020. A HP teve um desempenho relativamente bom no mercado dos EUA, onde as vendas cresceram mais rápido do que a média regional, mas experimentou desafios na Ásia-Pacífico e no Japão. A HP também anunciou em agosto de 2020 que a empresa tinha um forte acúmulo de notebooks devido às contínuas restrições da cadeia de suprimentos por causa da pandemia, que limitou as remessas no trimestre. A HP tem um forte foco em Chromebooks, permanecendo como o principal fornecedor neste segmento.
A série de 17 trimestres consecutivos da Dell de crescimento ano após ano encerrou este trimestre com um declínio de 4,6%, refletindo seu foco nos negócios sobre PCs de consumo. As vendas de PCs móveis da Dell cresceram, mas quedas acentuadas nas vendas de desktops compensaram esse crescimento. O declínio da Dell é um indicador de gastos cautelosos por compradores empresariais como uma reação às atuais economias fracas na maioria dos países desenvolvidos.
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