Hoje com 41% de participação no setor, segundo a IDC, a Linx, empresa de soluções para o varejo quer, para 2019, manter o ritmo de crescimento conquistado nos últimos anos, ou seja, girando em torno dos 10%, tanto em receita recorrente, como na total. Para seguir essa trilha, a estratégia é consolidar as unidades internas para obter crescimento orgânico, mas também, continuar com aquisições de empresas. Um trator nesses termos, em nove anos foram compradas 25 operações de vários segmentos.
A empresa se estrutura em três unidades de negócios para atender aos atuais clientes e conquistar novos. Linx Core, com PDV, ERP e soluções como NFe, automação de gestão e que atua também com cerca de 200 franquias exclusivas em pequenas cidades; a Pay Hub, para meios de pagamentos e a Digital, a que apresenta maior oportunidade de crescimento pelo universo de novas tecnologias para negócios online.
“Vimos ano a ano numa toada constante de crescimento a duplo dígito”, diz Renata Malagoli, diretora de Omni Commerce da Linx. Quando o destaque é produtos digitais e omni channel, a taxa é desproporcional em relação aos tradicionais, já com base instalada consolidada. A unidade Digital trabalha a plataforma de e-commerce para o varejo e tem como carro-chefe a Order Management System (OMS) que, combinada com outras soluções da empresa formam uma oferta completa e promove a junção do varejo físico com o virtual e toda suas possibilidades. Encorpam a principal, sistemas que atendem à parte financeira, controle de estoque e logística, por exemplo.
A OMS acompanha um pedido dentro da cadeia que usa a tecnologia para virtualizar o estoque e fazer sua transação de ponta a ponta, com precisão. “Somos pioneiros. Temos a primeira oferta completa no mercado e esta tecnologia faltava no Brasil”, afirma Renata. Flexível, o produto é voltado para clientes com pelo menos 200 lojas físicas, mas também atende a projetos pequenos, a partir de cinco lojas. De acordo com a diretora é difícil conseguir replicar o que a Linx está construindo; solucionar o processo integralmente e atender, desde o pequenininho, até o grande varejo. “A evolução do produto nos permite que seja escalável e aderente para toda nossa base de clientes”, explica.
A percepção da empresa é que o Brasil está sempre dois ou três anos atrás dos Estados Unidos em termos de soluções para o digital e omini canal. Fatores que influenciam essa defasagem, conforme a diretora, são o tempo para a tecnologia chegar e ser tropicalizada; as especificidades do País (impostos interestaduais, franquias, extensão territorial, eficiência logística), e a cultura do varejo tradicional, onde existe concorrência na própria empresa, entre a loja física e o e-commerce. “De dois anos para cá o nível de maturidade tecnológico do setor melhorou. O varejo como um todo já entendeu que o consumidor é omni e exige essa relação com a marca e não com o CGC”, diz.
A Linx se mantém ativa em pesquisa e desenvolvimento. Cada unidade e cada produto tem profissionais de tecnologia (CTOs) preocupados com a inovação. De forma corporativa, uma equipe olha para arquitetura, infra-estrutura, segurança, para a escalabilidade e para a junção de seus produtos.
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