Há uma nova e improvável arma na luta contra as mudanças climáticas – o trabalho flexível. Estudo encomendado pela Regus, uma das marcas do International Workplace Group (IWG), grupo de escritórios compartilhados do Brasil e do mundo, projetou os benefícios ambientais para a próxima década que serão gerados pela utilização de espaços de coworking.
O levantamento, realizado em 19 países, avalia que, além de incentivar o desenvolvimento econômico regional, o crescimento do número de escritórios compartilhados fora das grandes capitais será responsável por evitar a emissão de mais de 2,5 milhões de toneladas de CO2 por ano no mundo, nos próximos 10 anos – o equivalente a 1.280 voos transatlânticos entre Londres e Nova York por ano.
O estudo parte do pressuposto de que os escritórios compartilhados localizados fora dos grandes centros comerciais auxiliam na redução do tempo e da distância de deslocamento dos funcionários, o que, consequentemente, gera diminuição na emissão de carbono – pois aproximam o local de trabalho da residência do profissional.
O relatório também revelou que, até mesmo as pessoas que mudarem do home office para um espaço de trabalho compartilhado, também colaborarão com o meio ambiente. “Isso acontece porque é mais eficiente e barato, em termos de energia, refrigerar e iluminar um espaço compartilhado do que a casa de um único trabalhador”, explica o CEO do IWG no Brasil, Tiago Alves.
De acordo com a pesquisa, os escritórios compartilhados no Brasil – localizados fora das grandes capitais – podem ser responsáveis por evitar a geração de mais de 68 mil toneladas de CO2 por ano. Uma única unidade de escritório compartilhado nessas regiões contribuirá com o meio ambiente evitando a emissão de 111 toneladas de dióxido de carbono por ano.
Além da contribuição ambiental, a pesquisa também revela que o segmento de escritórios compartilhados fora dos grandes centros urbanos será responsável por movimentar mais de 20 bilhões de reais no Brasil nos próximos 10 anos. “Nossa previsão é de que, até 2029, mais de 157 mil profissionais utilizarão espaços de coworking fora dos grandes centros urbanos do País. A estimativa é de que, na próxima década, o uso de escritórios compartilhados deve gerar cerca de 71 mil novos empregos nessas regiões”, afirma Tiago Alves.
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