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Tecnologia traz memória persistente no mesmo barramento

Maurício Ruiz, diretor-geral da Intel no Brasil explica a recém-lançada tecnologia da companhia
Tecnologia traz memória persistente no mesmo barramento

No início de abril (11), a Intel anunciou um dispositivo que combina a capacidade de resposta superior da tecnologia Intel Optane com a capacidade de armazenamento da tecnologia Nand 3D Intel Quad Level Cell – QLC em um único fator de forma M.2 com economia de espaço. São módulos de memória persistente Optane, que se encaixam nos slots de memória e usam o barramento, oferecendo desempenho de memória tradicional, sendo persistente.

É como se fosse um SSD, sem que ser necessário fazer a transferência de informação, e o banco de memória ficar posicionado muito próximo do processador. O resultado é uma velocidade ainda maior de processamento com a informação bem ao lado e de recuperação de dados, porque é possível fazer cache.

“Agora eu tenho uma memória persistente trabalhando no mesmo barramento. Uma das iniciativas da Intel é posicionar os dados o mais próximo possível do processamento e, com isso, eliminar vários gargalos de comunicação que existem dentro da própria máquina”, detalha Maurício Ruiz, diretor-geral da Intel no Brasil.

Foram 17 segundos para carregar um banco de dados na memória persistente Optane, e 34 minutos quando estava em disco. Esse produto está muito atrativo, todo mundo está interessado porque quem tem a dor sabe que memória custa muito caro no servidor

Ele diz que a companhia está lançando uma ‘plataforma’ para data center, muito além de um processador; com os SSD (solid-state drive) ou, unidade de estado sólido, responsável pelo armazenamento de dados, sem partes móveis para armazenamento não volátil de dados digitais e a Optane Persistent Memory. Desta forma, é possível colocar como se fosse um SSD dentro de pentes de memória no servidor. “É todo um conjunto – SSD, Optane, novos módulos de internet, novos aceleradores e Field Programmable Gate Array -FPGAs – que permite tirar o maior proveito da plataforma como um todo”, ressalta o executivo. Existem aplicações nas quais se armazena em memória um grande volume de dados mas, de acordo com Ruiz, o grande problema é não ser persistente e a demora para carregar.

Ao adotar armazenamento flexível e utilizado sob demanda é possível sair dos grandes storages verticalizados e trabalhar em cima de servidores; dotados de SSD e, eventualmente, até Optanes. “Ou seja este conjunto se aplica ao que a Positivo e a Accept estão vendendo hoje”, diz.

Inteligência artificial
A Intel colocou uma série de instruções no processador para a otimização de Inteligência Artificial – IA. Para Ruiz, hoje a crença é que para esta tecnologia é preciso de GPU. “Isso não é verdade; ainda mais no Brasil, onde as soluções não são tão grandes”. E continua: já não era verdade na versão anterior, nesta, mais ainda.

Diante das perspectivas, a companhia está encorajando o desenvolvimento nestas bases. Se for preciso, o profissional compra os cards adicionais, mas aconselha a não se amarrar em desenvolvimento de código quando não for preciso.

“Presenciei um teste no último evento da Intel e constatei que foram 17 segundos para carregar um banco de dados na memória persistente Optane, e 34 minutos quando estava em disco”, atesta Silvio Campos, CEO da Accept. É muito tempo de espera para qualquer operação on line, seja corporativa ou não. Hoje, as pessoas simplesmente não aceitam mais essa condição.

“Esse produto está muito atrativo, todo mundo está interessado porque quem tem a dor sabe que memória custa muito caro no servidor”, avalia Ruiz. Há projetos em que o valor da memória é maior que todo o resto junto. “A Intel está trazendo um equilíbrio na plataforma, inclusive em termos de custo”, conclui.

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