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Tecnologia 5G pode mudar o cenário da Comunicação Óptica no Brasil

Mudanças devem ser percebidas tanto no ambiente residencial quanto no comercial

Coincidência ou não, a tecnologia 5G chegou em um momento em que a sociedade percebeu que é indispensável uma internet com altíssima velocidade e de excelente desempenho. Seja para o ensino a distância, trabalho remoto, entretenimento com jogos e streaming de filmes, ou até mesmo para o conforto, por meio da automação residencial, tipo de conexão em plena expansão.

A quinta geração veio para promover a interação de tudo e de todos. “Isso vai acontecer porque a tecnologia, hoje 4G, permite uma densidade de até 100 mil conexões por km². Com a nova atualização para a 5G, essa densidade pode chegar a um milhão de conexões na mesma área”, explica Rafael Coradin, especialista em aplicação de produtos da Fibracem, empresa que fabrica soluções em comunicação óptica. A nova amplitude de rede abre espaço para a proliferação de dispositivos ligados à Internet das Coisas, IoT, em diversas áreas.

A inovação da IoT vai fazer com que os serviços de banda larga precisem acompanhar esse desenvolvimento. Um dos meios possíveis é a integração de hot-spots 5G, aparelhos parecidos com os atuais modens, nas residências. Esses equipamentos serão acompanhados de um Sim Card conectado diretamente à rede móvel, o que garante que a casa esteja toda interligada por meio de diversas tecnologias, como Wi-Fi 6, Bluetooth e serviços em Nuvem.

“O armazenamento de informações em Nuvem permite tornar realidade, com um excelente nível de segurança e disponibilidade, uma gama de automações que vem se popularizando por meio de assistentes virtuais, como por exemplo a Alexa, da Amazon, e o Google Home”, comenta Coradin.

A 5G não será usada apenas no campo doméstico, mas também deve se expandir para os mais diversos locais por meio da instalação de antenas de pequeno porte. Para que isso seja possível por aqui, o Brasil realizará em 2021 o leilão de frequências, composta por duas rodadas, que ofertarão frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz, tanto em blocos regionais quanto no âmbito nacional.

Um meio facilitador para esse processo foi a Lei Geral das Antenas, aprovada em setembro do ano passado. A legislação permite que os equipamentos sejam instalados caso a empresa esteja dentro das normas e se as entidades competentes não se manifestarem em até 60 dias após o pedido de licenciamento.

Para Marco Paulo Giannetti, coordenador técnico da Fibracem, para atender à necessidade da fibra óptica, dos usuários e das small cell com as antenas da 5G, é preciso usar o cabeamento subterrâneo. A tecnologia se aproveita de microcabos e de microvalas para garantir a estabilidade da quinta geração de conectividade entre as antenas, aplicando os acessos via Fiber to the Antenna, FTTA.

“A mudança para este modelo de infraestrutura de rede não altera a eficiência da transmissão dos dados. A única diferença são os cabos, que necessitam de atualização no design construtivo e nos materiais das proteções das fibras. Isso deve ocorrer para eles não assimilarem os esforços durante os processos de instalação e de operação”, esclarece Giannetti.

 

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