Cada vez mais o mundo do empreendedorismo e corporativo vêm apostando na análise de dados para tomada de decisão independente da área de atuação. Isso é primordial para escalar um negócio tendo em vista que no século XXI, quem analisa os dados é rei. Diante dessa premissa, cada vez mais, empresas buscam informações privilegiadas por meio de bases de dados para alcançar determinado objetivo. Este é um ambiente em constante crescimento, pois todas as decisões estratégicas e de caráter comercial são amparadas por dados.
Um estudo realizado pelo IDC Brasil, empresa de pesquisas de mercado, constatou que o mercado mundial de Big Data e Analitycs deverá movimentar US$ 41,5 bilhões em 2018, isto envolve também contratações e mão de obra especializada.
Setor com grande crescimento, o volume de dados gerado pela humanidade está cada vez maior. Por este motivo é preciso profissionais qualificados para agrupar todas essas informações em um ecossistema altamente tecnológico e inovador, capaz de analisar de forma minuciosa e automatizada todos esses dados. Por este motivo, o profissional de Big Data, Data Science e Analytics está sendo cada vez mais procurado por empresas e startups. Confira o que empreendedores do setor procuram nos candidatos para atuarem com dados e informação:
Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, especializada em tecnologias para busca e estruturação de informações extraídas da internet e de outras bases de conhecimento, afirma que muitas vezes o meio acadêmico não prepara adequadamente o indivíduo para que ele possa desenvolver um raciocínio lógico na solução de problemas reais.
“Aqui na upLexis apresentamos um case real para que o candidato possa analisar e apresentar como resolveria o mesmo na etapa final da entrevista. Não há uma resposta correta, mas a forma de pensar e de endereçar o problema, isso sim faz toda a diferença e é avaliado pelos gestores da empresa”. Background técnico nas áreas de tecnologia, estatística e ciência de dados é um grande diferencial sem dúvida e, é claro, pessoas com potencial e com perfil empreendedor, que sejam mão na massa, que executem mais e que não tenham medo de errar. Só errando se consegue evoluir e inovar, fazer o que outros não fizeram.
Eduardo Prange, CEO da Zeeng, primeira plataforma de big data analytics para o setor de comunicação e marketing, o que falta no mercado é a liberdade para atuarem de maneira aprofundada em pesquisa e desenvolvimento dentro das empresas.
“O mercado precisa desenvolver um ambiente propício para que os profissionais sejam estimulados a iniciarem projetos de pesquisa e inovação no âmbito corporativo. Além disso, ser curioso, inquieto, multidisciplinar e com empoderamento, são diferenciais que destacam um profissional do outro. Parte fundamental de todas essas habilidades é saber compreender correlações e noções de causalidade. Ter tais conhecimentos é importante para desbravar as grandes quantidades de dados que esse profissional terá acesso. “Tenha uma comunicação clara. Seja capaz de transmitir conclusões onde todos possam te entender e aplicar tais insights da melhor forma” completa Eduardo.
Por fim, Israel Nacaxe, COO da Propz, empresa que oferece soluções de relacionamento objetivas, práticas e rentáveis para varejo e serviços financeiros utilizando inteligência analítica e big data, seus clientes são os maiores varejistas do país, um mercado competitivo, ágil e repleto de oportunidades analíticas.
“Procuramos sempre pessoas inteligentes e executoras, ou seja, com habilidade de aprender e capacidade de criar soluções para os inúmeros desafios que encontramos no negócio. Nosso processo de contratação busca avaliar o candidato em três áreas: matemática/estatística, onde procuramos experiência em estatística descritiva, com modelos estatísticos e computacionais de aprendizado supervisionado e não-supervisionado; dados/programação, categoria em que o candidato deve ter curiosidade intelectual para encontrar padrões em dados não estruturados e experiência com plataformas de Big Data e bancos de dados; e negócios, onde esperamos que os profissionais consigam utilizar suas habilidades técnicas para identificar insights práticos e utilizáveis no mundo real por alguém que não entende de ciência de dados”, explica o empreendedor.
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