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Processos na nuvem: a nova ordem mundial trazida pela pandemia

Neste novo cenário, o teletrabalho se tornou uma necessidade e a computação em nuvem, praticamente um serviço essencial
Processos na nuvem: a nova ordem mundial trazida pela pandemia

A quarentena provocada pela ameaça do novo coronavírus colocou as empresas em uma posição inédita, obrigando muitas organizações a repensarem seus processos e a maneira pela qual utilizam as ferramentas tecnológicas à sua disposição.
A análise é de Artur Hansen, diretor de Negócios da Cloud2Go. Segundo ele, que cita dados de pesquisas de mercado, produtividade, segurança e fácil acesso a dados justificam a migração de PMEs para a nuvem.
Um indicativo desta transformação, conforme o executivo, vem da multinacional Microsoft: segundo um levantamento da empresa, apenas em março o uso da nuvem Azure teve um crescimento de 775% nas áreas do mundo em que medidas de quarentena foram implementadas.

Vale lembrar que trabalho remoto nem sempre é o mesmo que home office – na verdade significa disponibilizar as ferramentas para que colaboradores possam realizar suas atividades em qualquer lugar, com sistemas seguros e de fácil acesso na nuvem  

“Estamos falando de um aumento de quase nove vezes em relação ao uso da nuvem nos meses anteriores. No caso do Microsoft Teams, uma das principais ferramentas de telepresença do mercado, cerca de 44 milhões de usuários estão logando diariamente na plataforma, o que gerou mais de 900 milhões de minutos de reuniões apenas na semana do dia 21 a 28 de março”, comenta Hansen.
Também no âmbito da MS, o Windows Virtual Desktop triplicou em uso nas últimas semanas, em que aproximadamente 60% dos trabalhadores norte-americanos passaram a trabalhar em casa, algo inédito no País. A Microsoft não deu dados sobre o uso da nuvem especificamente no Brasil, mas, pelo aumento do home office no País, cita este mercado entre os de maior aumento substancial no consumo destes serviços nos útlimos tempos.
“Esta realidade é confirmada por muitas empresas: segundo uma matéria do Correio Braziliense, diversas companhias foram capazes de migrar sua estrutura de trabalho para 100% home office, usando a nuvem como principal facilitador”, destaca Hansen. “Essa transição foi ainda mais facilitada para as organizações que incluíram o trabalho remoto como parte de seus processos. Vale lembrar que trabalho remoto nem sempre é o mesmo que home office – na verdade significa disponibilizar as ferramentas para que colaboradores possam realizar suas atividades em qualquer lugar, com sistemas seguros e de fácil acesso na nuvem”, complementa.
Ainda de acordo com o diretor, tecnologias de cloud computing como Azure e AWS permitem às empresas terem ambientes flexíveis de trabalho, estabelecendo uma base sólida para o trabalho remoto – e por consequência, o home office. Esta flexibilidade se estende a diversas etapas da infraestrutura. Do ponto de vista do usuário, soluções como o Microsoft 365 permitem a colaboração de forma transparente e ágil entre os funcionários, com troca de informações, documentos, e realização de conferências em vídeo.
“Contudo, este uso representa apenas a ponta do iceberg em relação à capacidade da nuvem em entregar agilidade e eficiência aos negócios. Hoje a nuvem possui rapidez e segurança para guardar aplicações de missão crítica, como BI e ERP das companhias, tirando as de dentro de um único ambiente de trabalho e abrindo para um cenário global, onde o trabalho pode ser feito a qualquer momento, não importa o lugar”, salienta o especialista.
Segundo um estudo do Gartner lançado em 2016, até 2020 todas as empresas que tivessem o on premise como única política para guardar seus dados e aplicações estariam ultrapassadas – tão ultrapassadas quanto aquelas que não usam a internet. De certa forma, o Covid-19 colocou muitas destas companhias à prova, e quem se preparou para uma realidade cloud ou, no mínimo, híbrida, teve as ferramentas para se adaptar com maior eficiência.
“As informações e as lições estão aí. Agora cabe às organizações incorporarem de vez a nuvem como parte integral de uma nova forma, uma nova ordem mundial para conduzir seus processos, com mais flexibilidade e produtividade. E isso não vale apenas para este momento de pandemia: valerá para todo o futuro que vem após ela”, conclui Hansen.

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