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Principais pontos de impacto para o setor financeiro no pós-pandemia

A vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a aplicação prática do PIX, novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, representam grandes exemplos de como o mercado não permaneceu estático ante ao período de pandemia e isolamento social enfrentado no Brasil e no mundo. O aumento na digitalização de processos também é uma realidade que impacta, de forma relevante, a maneira como os clientes se relacionam com as marcas e os próprios serviços financeiros. Com esse plano de fundo extremamente complexo colocado à mesa, é preciso discutir alguns tópicos preponderantes nesse sentido.
O brasileiro está cada vez mais engajado com suas finanças
Entre as consequências diretas da chegada do coronavírus e o sentimento de incerteza sobre a economia brasileira, naturalmente, pôde-se evidenciar um aumento considerável na preocupação dos brasileiros sobre o controle de suas finanças. Essa condição se reflete na busca por meios de pagamento mais vantajosos e flexíveis. Sob a perspectiva do mercado financeiro, existe uma sinalização positiva e crescente entre os consumidores que estão inclinados à utilização de serviços financeiros digitais e modelos de fintechs.
Sistemas de pagamento manuais, como o uso de dinheiro vivo, sofreram uma influência pesada pelo receio de contaminação do vírus. Isso se estende ao hábito do brasileiro de ir ao ambiente físico do banco. Querendo ou não, essa mudança com caráter de obrigatoriedade abre portas para a consolidação de uma mentalidade totalmente inovadora em termos de adesão aos meios digitais. Hoje, olhando para o pós-pandemia, a tendência é de que esses novos métodos financeiros se tornem permanentes. A introdução do PIX é um ótimo referencial e ilustra um caminho promissor.
Qual é o papel do setor financeiro nesse cenário?
Diante todas essas características de um perfil de consumidor atento ao que há de novo no mercado de ferramentas financeiras, as instituições do segmento não poderiam se manter alheias ao que está acontecendo no país. Além dessa grande parcela de usuários inseridos no quadro de transformação digital, existem os que ainda preferem empregar suas atividades bancárias de forma tradicional, criando uma resistência que dificulta a tomada de decisão por parte das empresas financeiras e fintechs. Por conta disso, mostra-se fundamental o desenvolvimento de um planejamento estratégico flexível, capaz de suprir as exigências de toda a população.
No entanto, um requisito que não está aberto a variações é o compromisso com o consentimento do cliente e a criação de vínculos orientados à transparência dos processos. A tecnologia não se limita à mudança estrutural e o aprimoramento de aplicativos inovadores, pelo contrário, ela também contribui para a disseminação de um pensamento totalmente atualizado, pela ótica das empresas e também dos consumidores, grandes beneficiados dessa evolução do mercado financeiro para o pós-pandemia.
Por Mauro Inagaki, fundador e CEO na b2finance

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