Falta menos de um mês para o PIX, o sistema de pagamentos do Banco Central, entrar em vigor para todos os usuários inscritos. O novo meio de pagamento permitirá a transação de valores de forma gratuita em menos de 10 segundos e funcionará 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive aos finais de semana e feriados. As transferências poderão ser realizadas através de uma conta de origem para uma conta de destino, muito mais simples, rápido e econômico do que os tradicionais TED e DOC.
Muitas pessoas serão beneficiadas, e podemos notar isso através do número de chaves de identificação já cadastradas. Segundo o Banco Central, até o dia 22 de outubro foram 50,4 milhões de registros. Mas precisamos ficar atentos com o surgimento das novas tecnologias, já que com elas, revelam-se novos cibercriminosos preparados para roubarem dados pessoais e bancários.
Dentro das empresas, é necessário manter os colaboradores informados, e os computadores e dispositivos móveis protegidos. Isso porque os trabalhadores ainda são os grandes responsáveis pelo vazamento de dados empresariais por não entenderem os riscos do phishing e suas consequências. Uma pesquisa realizada pela Kaspersky identificou 30 domínios fraudulentos em menos de 24 horas usando o termo “pix”. Estes domínios abrigavam sites falsos simulando bancos, e tinham como objetivo instalar malwares nos equipamentos dos usuários.
É importante entender como estes ataques acontecem para que haja o reconhecimento dos golpes e as devidas providências sejam tomadas. O primeiro tipo de ataque realiza a infecção do dispositivo da vítima por malware. Isso acontece porque os cibercriminosos enviam uma mensagem por e-mail, SMS ou até via redes sociais oferecendo o cadastro no Pix, e quando a vítima faz o download do arquivo malicioso, o computador ou dispositivo móvel é infectado, permitindo a coleta de informações valiosas.
O segundo tipo de ataque acontece de maneira parecida com o primeiro, mas neste caso, a vítima é direcionada para um site falso do banco. Dessa forma, se informados os dados bancários e os códigos de autenticação, os criminosos conseguirão roubar o saldo da conta. O último golpe tem como objetivo coletar dados pessoais das vítimas que possam ser usados em fraudes no Pix.
Para não ser uma das vítimas, é essencial investir em produtos mais robustos de Segurança da Informação e não somente o antivírus. Tecnologias antiphishing baseadas em comportamento e análise de ameaças desconhecidas (dia zero), permitem a identificação dos golpes mais recentes. Além disso, é fundamental acessar os canais oficiais do banco para realizar qualquer tipo de atividade.
Garantir a segurança e proteção dos dados não é mais uma opção, é uma necessidade. Estar um passo à frente é o que fará com que empresas proativas consigam proteger os seus dados com antecedência, e não simplesmente reagir quando um crime cibernético acontecer.
Por Max Camargo, diretor Comercial da Solo Network
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