Há anos que a inovação tem interferido no mercado de trabalho e a informatização, a digitalização e as novas tecnologias mudaram diversos processos e estruturas empresarias. Hoje, a inteligência artificial e automação tem alavancado o mercado de robótica, que deve gerar milhões de empregos na área. De acordo com o The Boston Consulting Group (BCG), o setor deve movimentar US$ 87 bilhões até 2025.
Com o objetivo de estimular jovens para as carreiras nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM – Science, Technology, Engineering and Math), colégios e universidades promovem, cada vez mais, competições, cursos e aulas com foco em robótica. Hoje, já existem torneios nacionais, como a Olimpíada Brasileira de Robótica, e internacionais, como a First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), que é a maior competição mundial do gênero.
O Instituto Alpha Lumen (IAL), localizado em São José dos Campos, trabalha robótica e programação desde a educação infantil até o ensino médio. Os estudantes aprendem lógica computacional e desenvolvem games, aplicativos, robôs, drones e projetos de automação geral. Participam ativamente de torneios de robótica, hackathons, e feiras de ciências e ainda realizam oficinas de robótica e cursos preparatórios para olimpíadas científicas gratuitas para crianças das escolas públicas.
O IAL também realiza três grandes eventos STEM ao longo do ano, com a participação de milhares de estudantes: o Science Days, em parceria com o BFCC e a NASA; o Tech Challenges, que reúne torneios de robótica (OBR, TJR e TUR) e o Robofest, que traz desafios interativos e oficinas para a garotada, e acontece nesse mês de junho, dia 23; e o Science Fair, feira de ciência e encontro olímpico.
Já no Colégio Salesiano Santa Teresinha, da zona norte de São Paulo, os alunos são estimulados, desde pequenos, a aprenderem de forma cooperativa os conceitos de ciências, design, tecnologia e matemática, por meio dos programas educacionais extracurriculares: Robominds, para faixa etária entre 7 e 9 anos, que visa desenvolver o raciocínio lógico e a habilidade de planejar e montar robôs, utilizando diversos tipos de materiais. E o Roboteens, para alunos entre 10 e 15 anos, que desafia os estudantes a construir e a programar robôs, estimulando sua criatividade na busca de soluções e desenvolvendo suas competências por meio de projetos e dinâmicas, com foco no futuro da vida pessoal e profissional.
De olho neste mercado, a Faculdade Impacta em parceria com Instituto de Robótica Avançada lançará a Especialização em Engenharia Robótica, voltada para Engenheiros e Tecnólogos formados. O curso recebeu um investimento de mais de R$ 1 milhão e terá laboratórios e infraestrutura de ponta, com dois braços robóticos e tudo o que há de mais atual se tratando de tecnologia para desenvolver o potencial dos alunos.
Esse é o único do Brasil reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), e visa introduzir o conhecimento de aplicações da indústria avançada e integrar os alunos em projetos com especialistas de automação e engenharia robótica. As primeiras turmas estão previstas para o mês de setembro de 2018.
Segundo o fundador do Grupo Educacional Impacta Tecnologia, Célio Antunes, esse é um mercado em plena ascensão. “Carece de mão de obra qualificada chamada de “robotista”. Um curso exclusivo aborda com profundidade tópicos especiais e possibilita inovação em soluções no “chão de fábrica” e na academia por meio de pesquisa aplicada”.
Para os especialistas esse é um mercado promissor e deve ampliar muito as oportunidades para os novos profissionais, porém também exigirá um conhecimento amplo de engenharia e computação para o desenvolvimento de robôs capazes de interagir com humanos, com estabilidade dinâmica e inteligência artificial.
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